São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

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Venezuela tira brasileiro do comando de seleção

Navajas, que pôs vôlei do país na Olimpíada, é acusado de mau comportamento

Treinador diz não saber que perdeu posto para ex-atleta argentino; dirigente o acusa de xingar os jogadores e de ameaças de agressão


DA REPORTAGEM LOCAL

Ricardo Navajas, responsável por levar a seleção masculina de vôlei da Venezuela pela primeira vez à Olimpíada, não vai comandar o time em Pequim.
Ontem, a presidente da confederação que gere a modalidade afirmou que o argentino Carlos Weber será o novo treinador da equipe. Mais: acusou o brasileiro de ter xingado e ameaçado seus jogadores.
"Navajas teve um comportamento inadequado. Ele insultava os atletas e ameaçou agredi-los", afirmou Judith Rodríguez.
O alto salário e a recusa em comandar as divisões de base também foram apontados como entraves para a renovação.
Procurado ontem, o brasileiro afirmou que estava com viagem marcada para a Venezuela hoje e que desconhecia a contratação de outro treinador.
Navajas também negou qualquer tipo de agressão e disse que contava com o apoio de seus comandados. Ele assumiu o time no ano passado, ficou em quarto no Pan do Rio e conseguiu a vaga inédita à Olimpíada.
Segundo a presidente da federação venezuelana, a decisão de mudar o comando da seleção foi tomada em conjunto com o Ministério do Poder Popular para o Esporte, responsável pelo contrato de Navajas.
Judith declarou que o técnico pediu US$ 21,5 mil -US$ 12 mil para ele, US$ 7.000 para o preparador físico e US$ 2.500 para um assistente-, salários que seriam altos demais para seu orçamento. A dirigente afirmou que pretende reclamar do comportamento do treinador para a Confederação Sul-Americana de Vôlei, presidida por Ary Graça Filho, também mandatário da CBV.
No início deste ano, Navajas teve dificuldades para iniciar as negociações para renovar o acordo com a Venezuela.
Segundo seu empresário, Rogério Teruo, a mudança de comando no ministério e uma viagem de Judith a Cuba adiaram o início das conversas.
A presidente da federação disse que queria contratar Weber, que jogou e foi técnico no Brasil, desde 2007. E que ele trabalhará também com os novatos. Sob seu comando, o time deve estrear na Liga Mundial, no grupo dos brasileiros.


Com agências internacionais


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