São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

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Recordista pede posição política ao COI

DA REPORTAGEM LOCAL

O holandês Pieter van den Hoogenband fez apelo para que o Comitê Olímpico Internacional se manifeste sobre o desrespeito aos direitos humanos na China.
Em uma coluna no jornal "De Telegraaf", o tricampeão olímpico de natação escreveu que o presidente do COI, Jacques Rogge, "deveria, em nome de todos os atletas, pedir publicamente a melhora das condições de direitos humanos na China".
Segundo o recordista dos 100 m livre, um pronunciamento oficial daria tranqüilidade aos atletas para se concentrarem apenas em suas competições.
A Carta Olímpica proíbe manifestações políticas, raciais ou religiosas durante os Jogos. ONGs e competidores, porém, já afirmaram que pretendem usar o evento de Pequim para dar publicidade a questões controversas como os conflitos em Darfur.
"Rogge pode contar com todo o meu apoio. Assim, os atletas poderão deixar que o COI se pronuncie no lugar deles quando questionados sobre essa questão tão delicada", escreveu Van den Hoogenband.
"Estamos preocupados em alcançar a melhor performance de nossas vidas. Isso impossibilita nossa participação na política."
Rogge tem dito que a Olimpíada será "uma força para o bem" da China. Afirma, porém, que o comitê olímpico é uma entidade esportiva e que não pode se posicionar sobre questões políticas.
Neste ano, a organização dos Jogos perdeu Steven Spielberg, que coordenava as cerimônias olímpicas. O cineasta acusou os chineses de "cúmplices" do Sudão no genocídio em Darfur.
O Comitê Olímpico Britânico também causou polêmica ao tentar proibir seus atletas de fazerem declarações sobre os direitos humanos durante os Jogos de Pequim até em entrevistas.
A tentativa provocou reações negativas de competidores do país e de outros comitês olímpicos.


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