São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

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Vila foge do padrão de moradia de Pequim

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para astros como Roger Federer, pode ser incômodo. Para grandalhões do basquete, como o local Yao Ming, apertado.
Mas para o chinês morador de Pequim, a Vila Olímpica para os Jogos de 2008, apresentada ontem para a imprensa, tem apartamentos que fogem do padrão de moradia da cidade.
As unidades mais "apertadas", projetadas para receber seis atletas, têm, segundo os organizadores, 170 m2.
Depois de usados nos Jogos, em agosto, e na Paraolimpíada, serão repassadas para moradores de Pequim que já compraram ou ainda negociam os apartamentos -algumas unidades serão remodeladas e podem diminuir ou aumentar.
Como o rígido controle de natalidade chinês força os casais a terem um só filho, significa dizer que os apartamentos da vila irão oferecer quase 57 m2 para cada um de seus futuros moradores. E isso para a planta de tamanho mais modesta -as unidades maiores chegam a 240 m2.
Segundo dados oficiais, o espaço médio nas moradias de Pequim para cada habitante não chega a 25 m2.
As autoridades querem desestimular, sem muito sucesso, a construção de casas e apartamentos grandes. O governo chinês considera que apartamentos com 90 m2 já são suficientes para abrigar as famílias.
E não é só o tamanho que foge do padrão de Pequim.
As unidades já vendidas tiveram um preço médio que variou entre US$ 2.800 e US$ 4.000 por metro quadrado. Isso significa que apartamentos irão custar até US$ 1 milhão. Mesmo com o mercado imobiliário chinês aquecido, o valor médio do metro quadrado em Pequim está em US$ 1.500.
A Vila Olímpica de Pequim fica a 25 minutos de caminhada de duas das principais praças dos Jogos -o Estádio Olímpico e o centro de natação.
Irá acomodar até 17 mil pessoas, em 22 prédios de seis andares e outros 20 com nove andares. Ainda tem restaurante, biblioteca, clínica médica, piscinas, quadras de tênis e basquete, lojas e cafeterias.
A decoração não é luxuosa, mas os apartamentos fazem uso farto da tecnologia atual, como ar-condicionado que usa 40% menos energia dos convencionais e aquecimento de água na base da energia solar.


Com agências internacionais


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