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Propostas de times incluem até autógrafos
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
As equipes da F-1 vão cortar seu orçamento pela metade até 2010 para se ajustar
à crise econômica mundial.
Entre as mudanças previstas
estão motores mais baratos,
limites no número de testes e
a padronização de componentes dos carros.
Para tornar as corridas
mais atraentes, as equipes
também propõem alterações
na pontuação do campeonato e nas transmissões da TV,
que passariam a fornecer ao
público dados técnicos hoje
restritos aos boxes. E os fãs
que frequentam os autódromos seriam contemplados
com sessões de autógrafos
dos pilotos durante os GPs.
Na primeira entrevista coletiva desde sua formação,
no ano passado, a Associação
das Equipes de F-1 (Fota, na
sigla em inglês) anunciou ontem em Genebra seus planos
para conseguir manter a viabilidade econômica da categoria e atrair novos fãs.
O número um da Ferrari e
presidente do grupo, Luca di
Montezemolo, acha que as
turbulências econômicas podem ser benéficas para a categoria. "A crise representa
uma enorme oportunidade
para melhorar a F-1 em custo
e competitividade. Queremos preservar nosso DNA,
que é competição e inovação
tecnológica", afirmou.
A receita para conquistar
isso é um dramático corte de
despesas. Entre 2008 e 2010,
a meta das equipes é reduzir
os custos em 50%.
Outras medidas para dar
chance às equipes menores e
garantir a sobrevivência estão previstas para 2010. Incluem a obrigação dos times
de apresentar motores a 5
milhões (R$ 15 milhões) e
sistemas de câmbio a 1,5
milhão por temporada. Outra sugestão é padronizar
componentes como o Kers
(sistema de reaproveitamento de energia das freadas).
A menos de um mês para a
abertura do Mundial, no GP
da Austrália, as equipes propõem mudanças nas regras
do campeonato com efeito
imediato. O vencedor, por
exemplo, seria mais valorizado, passando a ganhar 12
pontos em vez dos atuais 10.
"O público quer um maior
reconhecimento para os ganhadores, e nossa proposta
oferece recompensas para
eles", disse o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh.
Todas as propostas ainda
precisam da aprovação do
Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo para entrar em
vigor. As mudanças foram
pensadas com base em uma
pesquisa de opinião em 17
países, com o objetivo de conhecer o público atual da F-1
e, principalmente, conquistar novos torcedores.
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