São Paulo, sexta-feira, 06 de março de 2009

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Propostas de times incluem até autógrafos

MARCELO NINIO
DE GENEBRA

As equipes da F-1 vão cortar seu orçamento pela metade até 2010 para se ajustar à crise econômica mundial. Entre as mudanças previstas estão motores mais baratos, limites no número de testes e a padronização de componentes dos carros.
Para tornar as corridas mais atraentes, as equipes também propõem alterações na pontuação do campeonato e nas transmissões da TV, que passariam a fornecer ao público dados técnicos hoje restritos aos boxes. E os fãs que frequentam os autódromos seriam contemplados com sessões de autógrafos dos pilotos durante os GPs.
Na primeira entrevista coletiva desde sua formação, no ano passado, a Associação das Equipes de F-1 (Fota, na sigla em inglês) anunciou ontem em Genebra seus planos para conseguir manter a viabilidade econômica da categoria e atrair novos fãs.
O número um da Ferrari e presidente do grupo, Luca di Montezemolo, acha que as turbulências econômicas podem ser benéficas para a categoria. "A crise representa uma enorme oportunidade para melhorar a F-1 em custo e competitividade. Queremos preservar nosso DNA, que é competição e inovação tecnológica", afirmou.
A receita para conquistar isso é um dramático corte de despesas. Entre 2008 e 2010, a meta das equipes é reduzir os custos em 50%.
Outras medidas para dar chance às equipes menores e garantir a sobrevivência estão previstas para 2010. Incluem a obrigação dos times de apresentar motores a 5 milhões (R$ 15 milhões) e sistemas de câmbio a 1,5 milhão por temporada. Outra sugestão é padronizar componentes como o Kers (sistema de reaproveitamento de energia das freadas).
A menos de um mês para a abertura do Mundial, no GP da Austrália, as equipes propõem mudanças nas regras do campeonato com efeito imediato. O vencedor, por exemplo, seria mais valorizado, passando a ganhar 12 pontos em vez dos atuais 10.
"O público quer um maior reconhecimento para os ganhadores, e nossa proposta oferece recompensas para eles", disse o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh.
Todas as propostas ainda precisam da aprovação do Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo para entrar em vigor. As mudanças foram pensadas com base em uma pesquisa de opinião em 17 países, com o objetivo de conhecer o público atual da F-1 e, principalmente, conquistar novos torcedores.


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