São Paulo, sexta-feira, 06 de março de 2009

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AÇÃO

Surfe de cinema


Após 6 anos, com diferentes locais e narração, Roberto Moura lança a sequência de "Surf Adventures - O Filme"


CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

EXCESSO de bagagem, autorizações para viajar com menores, uma semana de chuva no deserto, outra sem ondas, bote com equipamentos capotando na foz do rio, tudo isso também faz parte do roteiro do que para muitos seria o melhor trabalho do mundo: viajar pelos mais paradisíacos pontos de surfe do planeta, com os amigos, captando imagens para a produção de um documentário para o cinema. Durante dois anos, o carioca Roberto Moura voltou a viver essa rotina, a mesma que havia experimentado anos antes para a produção de "Surf Adventures - O Filme". Os destinos mudaram, Chile, Peru, Austrália, Taiti, México, o litoral entre Saquarema e Maresias e o rio Araguari, no Amapá, foram as locações escolhidas para registrar quase cem horas de filme, que resultaram em 88 minutos de edição para o "Surf Adventures 2 - A Busca Continua". Ondas como a assustadora The Box, no oeste australiano, surfada pelo longboarder Phil Rajzman ou a quilométrica pororoca com o recordista Sérgio Laus se misturam ao surfe urbano, e promessas como Miguel Pupo, Ítalo Ferreira e Jadson André, aos campeões mundiais Tom Curren, Mick Fanning, Andy Irons e Kelly Slater.
Outra diferença em relação ao primeiro, lançado em 2002 e que atraiu 250 mil espectadores, é a narração. "Toda roubada vale a pena quando a onda não é pequena" e "o melhor surfista é o que mais se diverte" são frases pinçadas do texto escrito por Pepê Cezar e que, na interpretação de Helio de La Peña, consagrado no "Casseta e Planeta", ganham humor e dão dinâmica ao filme.
Desde 1966, quando Bruce Brown lançou o clássico "Endless Summer", a indústria do "surf movies" não para de evoluir. Nos últimos anos, com o avanço dos equipamentos, o trabalho foi facilitado e houve uma enxurrada de lançamentos em vídeos e DVDs. O "Surf Adventures 2" foi rodado em película, super 16 mm, que requer um equipamento bem mais pesado e caro. Seu orçamento foi de R$ 2,5 milhões, e o resultado estará nos cinemas brasileiros a partir do dia 27.

MUNDIAL DE SURFE - WCT
O Quiksilver Pro abriu a temporada, mas está interrompido desde domingo esperando ondas. Os brasileiros começaram bem: Silvana Lima tirou nota 10.

MUNDIAL DE SKATE - WCS
Começa hoje no Rio o Oi Vert Jam. Bob Burnquist defende o título, e Sandro Dias, machucado, não atua.

MUNDIAL DE WINDSURFE
Kauli Seadi foi 2º na 1ª etapa da categoria wave, em Cabo Verde.

VOO LIVRE
Festival reúne cerca de cem pilotos de asa e parapente neste final de semana em Botucatu, SP.

sarli@trip.com.br


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