São Paulo, sábado, 06 de março de 2010

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Má fase atinge até quem está de fora no Palmeiras

Lincoln, apresentado como um dos principais reforços do time no dia 9 de fevereiro, ainda não tem data para estrear

Ex-jogador do Galatasaray, que não joga faz nove meses, tenta recobrar a forma física enquanto trata de contusão sofrida dias após sua chegada

Fernando Santos/Folha Imagem
Lincoln, que não joga desde maio de 2008,
treina no Palmeiras


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

2010 tem sido um ano tão complicado para o Palmeiras que até um dos principais reforços contratados, o meia Lincoln, 31, enfrenta "má fase". E olha que ele ainda nem estreou.
Apresentado no dia 9 de fevereiro, o ex-jogador do Galatasaray mal conseguiu treinar com bola. Pior. Ele não disputa uma partida oficial desde maio do ano passado, quando entrou em litígio com o clube turco.
Na época, a diretoria da equipe europeia justificou o afastamento do meio-campista devido a um problema de indisciplina -segundo o presidente do clube, Lincoln não apareceu para realizar a pré-temporada com o restante do elenco.
Apesar de ter continuado a se exercitar com a ajuda de um preparador físico particular, Lincoln passou os últimos nove meses sem jogar. Quando chegou ao Brasil, os médicos do Palmeiras constataram que sua condição física estava abaixo da exibida pelos colegas de time.
"Ele não estava equivalente ao grupo e ainda não está. Mas é natural para quem ficou sem jogar durante tanto tempo", diz o médico Otávio Martins.
Assim que iniciou os trabalhos com os demais companheiros, o meia sentiu dores na coxa esquerda, no último dia 23, e saiu imediatamente de campo. Quando se dirigia ao vestiário, respondeu de forma irônica aos jornalistas se ele teria condições de estrear no domingo seguinte. "Qual domingo?", respondeu de forma seca.
A mesma indagação, quando feita aos responsáveis por tratar o atleta, também não recebe resposta muito animadora.
"Não existe uma previsão de quando ele passará do [treino] físico para a atividade com bola. Preferimos esperar porque ele teve esse incômodo na coxa. Mas não houve ruptura, apenas um edema", afirma Martins.
Segundo o médico, o problema maior para atletas que não estão atuando são movimentos que eles só fazem na partida ou em uma simulação de jogo, como um arranque ou um chute.
"É diferente do Vagner [Love], por exemplo, que vinha jogando no CSKA", diz Martins, citando o caso do ex-centroavante da equipe, atualmente no Flamengo, que estreou poucos dias depois de ser repatriado.
Anteontem, Lincoln corria sozinho ao redor do gramado do CT palmeirense, enquanto os demais jogadores treinavam sob orientação do técnico Antônio Carlos e de seu estafe.
Procurado para conversar com a reportagem via assessoria do Palmeiras, o jogador disse que não quer conceder entrevistas enquanto não estrear. A assessoria particular do atleta também negou o pedido.
Por enquanto, Lincoln só escolheu a camisa que irá usar. Vestir a 99, porém, parece ser ainda um passo distante.


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