São Paulo, domingo, 06 de março de 2011

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Outra degola atormenta o Prudente

PAULISTA
Má fase do clube, que caiu no Nacional, já dura sete meses


ADRIANO FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em crise no Paulista-11, o Prudente convive com o fantasma do rebaixamento há sete meses. Em 1º de setembro de 2010, na 18ª rodada do Brasileiro, o time entrou no grupo dos quatro últimos colocados e de lá não saiu mais.
Teve um breve respiro após o primeiro jogo do Estadual, quando perdeu por 3 a 1 para o São Bernardo e ficou em 16º graças ao critério de desempate. Durante o período, o Prudente ficou 22 rodadas com a lanterna na mão.
Foi rebaixado no Brasileiro-10. Neste Paulista, venceu apenas dois jogos. Anteontem, superou o Ituano por 1 a 0 e deixou a lanterna, mas não a zona de rebaixamento.
Trata-se de um clube jovem (21 anos) e itinerante. No começo de 2010, na elite do futebol nacional, desentendeu-se com a Prefeitura de Barueri, sua terra de origem.
Decidiu ir embora, mudou de nome e foi morar em Presidente Prudente, a 528 km de sua cidade natal.
A torcida que adotou o time também foi adotada por ele. Em 2009, quem apoiava o Oeste Paulista Esporte Clube, de Presidente Prudente, viu sua equipe se licenciar do futebol profissional, após ser rebaixada da Série A-3.
Órfãos de time e diante do ilustre participante da primeira divisão nacional na cidade, trocaram o laranja do Oeste pelo azul e branco do Prudente. "De repente, tínhamos um time na Série A do Brasileiro. Foi incrível!", conta João Paulo de Tilio, da torcida Ultra Prudentinos.
Com eles, o Prudente chegou à semifinal do Paulista-2010, quando foi eliminado pelo Santo André. Mas os novos torcedores também são testemunhas da crise.
"É difícil manter o elenco. Quando um jogador se destaca, sai bem rápido para um grande", diz o torcedor.
Vêm do Prudente dois destaques de seus atuais times: o atacante Wanderley, do Flamengo, e o volante Marcos Assunção, do Palmeiras.
O clube tem o apoio da prefeitura local. "O Prudente movimenta a economia local", diz a prefeitura.
O Prudente não atendeu ao pedido de entrevista da reportagem e não respondeu às perguntas enviadas por e-mail. Um de seus dirigentes afirma que já foi "mal interpretado pela imprensa".


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