São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2007

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arapiraca 2

Edmundo falha, e Palmeiras desaba

Atacante joga apenas no segundo tempo e chuta para fora, na série decisiva, a chance de o time seguir na Copa do Brasil

Palmeiras 2
Ipatinga 0

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras perdeu ontem sua primeira "final" do ano. E de forma dramática, nos pênaltis, com direito a três cobranças desperdiçadas -uma, por Edmundo, poupado no primeiro tempo- e a tiros repetidos.
Mais de 20 mil palmeirenses vivenciaram uma montanha russa no Parque Antarctica. Vibraram com o time que abriu 2 a 0, que tentou o terceiro gol para alcançar direto a classificação. E que, na série decisiva, chegou a comemorar a classificação para depois lamentar.
Mais um fracasso para o histórico recente de eliminações palmeirenses na Copa do Brasil diante de times sem expressão. O Palmeiras nunca reverteu uma derrota de 2 a 0 no jogo de ida na competição. E, por duas vezes, foi eliminado desse jeito.
Com experiência de eliminar grandes -o Santos foi sua vítima em 2006-, o Ipatinga entrou em campo recuado, como se a única estratégia para se classificar fosse o contra-ataque, postura que favoreceu o Palmeiras, com o jovem William, 19, no lugar de Edmundo.
Logo aos 13min, o goleiro Rodrigo Posso já não teve o que fazer. Elemento surpresa, Michael percebeu o espaço se abrindo com a atenção dada pelo sistema defensivo do Ipatinga a Valdivia, e fez um golaço. O volante atravessou a intermediária do rival, invadiu a área e tocou na saída do goleiro, numa arrancada que lembrou os bons tempos de Edmundo.
A vantagem empolgou os paulistas. Osmar, de cabeça, chegou a marcar, mas o árbitro apontou impedimento. E aos 33min, Martinez acertou o canto de Rodrigo Posso e devolveu o placar do jogo de ida.
O Ipatinga, então, acordou.
A partir dos 40min, os visitantes tiveram três chances claras de empatar com Márcio Alemão, que bateu a defesa numa cobrança de escanteio e cabeceou por cima, Henrique, na trave, e Diego Silva, que recebeu dentro da área e chutou à esquerda de Diego Cavalieri.
No segundo tempo, Edmundo entrou no lugar de William, mas o panorama da partida continuou o mesmo, com pressão do Ipatinga, que dominava as ações, mas não conseguia chutar com perigo.
O Palmeiras teve ainda uma última oportunidade de vencer sem ir para as penalidades. Só que Edmundo chutou para fora, assim como chutou fora sua cobrança na série decisiva -bastava converter que seu time venceria. "A gente faz o que pode", disse William, reafirmando a importância de seu substituto para o time.
A disputa de pênaltis começou de maneira triste para os paulistas. Martinez acertou a trave. O desespero logo foi dissipado com Diego Cavalieri pegando a cobrança de Diego Silva. Mas voltou quando Michael chutou fraco contra Posso.
O juiz, a pedido do bandeirinha, mandou voltar. Na segunda tentativa, alegria, Michael guardou. Logo depois, euforia, Márcio Alemão chuta para fora.
Com o Palmeiras em vantagem no placar, os dois times converteram a terceira e a quarta cobranças. Chegou então a vez de Edmundo. Confiante, ele até trocou palavras com Posso antes da cobrança que poderia classificar o time -chutou à direita do goleiro.
Cavalieri, na seqüência, agarrou o tiro de Adeilson, que acabou sendo repetido, de novo a pedido do auxiliar, e igualou o placar, após cinco cobranças de cada time. No início da série de desempate, Amaral acertou a trave. E Luciano Sorriso selou a eliminação em cobrança na qual Cavalieri sequer pulou.


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