São Paulo, domingo, 06 de abril de 2008

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Corinthians luta para não morrer por falha própria

Equipe, que depende de outros resultados para seguir no Paulista, tem histórico de receber ajuda e não fazer sua parte

Técnico Mano Menezes diz que pior cenário é fiasco contra o Noroeste, em Bauru, e auxílio dos rivais nas outras partidas

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians passou a semana inteira que antecedeu a decisiva partida de hoje, contra o Noroeste, preocupado mais com o jogo entre Santos e Ponte Preta do que com o seu duelo em Bauru (343 km da capital).
O temor em relação aos confrontos de seus rivais nesta tarde, no entanto, deveria estar voltado para o próprio clube.
Nas últimas decisões em que dependeu de uma combinação de resultados, os corintianos contaram, sim, com a ajuda dos adversários na maioria das vezes, mas, do mesmo modo, não conseguiram fazer sua parte.
Nesta tarde, para chegar às semifinais do Paulista, não basta ao alvinegro que o Santos não perca da Ponte Preta ou o São Paulo não ganhe do Juventus. O time tem de vencer, de qualquer maneira, seu rival.
Um problema para o Corinthians se levados em conta os últimos resultados do clube em momentos decisivos quando também dependia de resultados de outras equipes.
Nesse cenário, sem dúvida, o momento mais marcante foi a última rodada do Brasileiro-07. Para não ir à Série B, o time precisava vencer o Grêmio fora de casa. Empatou e só sobreviveria se o Inter vencesse o Goiás, o que acabou não ocorrendo.
Esta já havia sido a segunda vez seguida que a equipe desperdiçara o momento de se livrar da queda. Na rodada anterior, uma vitória diante do Vasco, dentro de um Pacaembu lotado de corintianos, aliada a uma derrota dos goianos diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte, afastaria o perigo de vez.
Em Minas Gerais, o time então dirigido por Emerson Leão deu sua mãozinha. Goleou por 4 a 1. Mas os corintianos não fizeram a deles. Perderam em casa para o Vasco e deixaram passar a chance de ficar na elite.
Mas, se no Nacional a ajuda alheia não foi suficiente para manter o time na primeira divisão, ela foi preponderante no Paulista de 2004. E veio de um de seus grandes rivais.
Naquele campeonato, o então são-paulino Grafite marcou duas vezes nos 2 a 1 contra o Juventus e evitou a queda corintiana, que perdera para a Portuguesa Santista e dependia do fracasso da equipe da Mooca para ficar na Série A1.
Para chegar a títulos, o Corinthians também já precisou de auxílio de terceiros.
Na última rodada do Nacional-05, mesmo com um time recheado de estrelas, o clube só foi campeão graças ao Coritiba. Na última rodada, os corintianos chegaram dependendo de uma vitória sobre o Goiás para serem campeões sem precisar aguardar outros resultados. Falharam, ao perderem por 3 a 2. Mas garantiram o tetra porque o time paranaense bateu o Inter (1 a 0) e evitou que a equipe gaúcha assumisse a ponta.
Para ganhar seu primeiro Brasileiro, em 1990, o time do Parque São Jorge também contou com a ajuda de terceiros. Só se classificou para os mata-matas porque a Portuguesa bateu o Goiás por 2 a 0. Na última rodada, o Corinthians levou um 3 a 0 do Internacional em casa.
"O mais difícil para nós é o Corinthians ganhar do Noroeste, porque depende de nós. Porque pior seria o adversário nos dar uma colaboração e nós não fizéssemos a nossa parte", afirma o técnico Mano Menezes, que defendeu o direito do Santos de escalar seu time reserva.
O time da Baixada optou por essa alternativa já que está sem chances de classificação e tem jogo importante pela Libertadores, quarta-feira, contra o Chivas, em Guadalajara -por isso os titulares viajariam ontem mesmo para o México.
A diretoria corintiana não pensa dessa maneira. O clube se queixou publicamente da atitude santista.0 (EDUARDO ARRUDA E PAULO GALDIERI)


NA TV - Noroeste x Corinthians
Globo (menos Bauru) e Band, ao vivo, às 16h



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