São Paulo, segunda-feira, 06 de abril de 2009

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JUCA KFOURI

Os grandes voltam a mandar


O eixo Rio-São Paulo volta a ver finais apenas com seus clubes grandes; quanto a Libertadores influenciará?

PENA QUE a TV tenha desprezado até no "pagar-para-ver" o jogo da Lusa, no Canindé, embora tenha transmitido até Noroeste e Mogi Mirim.
Porque pelo que pude ouvir pela rádio Tupi, a única a transmitir a partida decisiva, Lusa e Santo André fizeram um jogão, com a vitória da Portuguesa por 2 a 1 ameaçada por bolas nas traves e tudo mais. E até faltarem três minutos para o jogo entre Ponte Preta e Santos acabar, era a Lusa a quarta classificada.
Mas Kléber Pereira frustrou o sonho de a Lusa voltar a ser protagonista ("Lusa volta a ser protagonista", seria o título desta coluna), porque fez o terceiro gol santista, apesar de, no Canindé, sempre pelo que pude ouvir, o jeito gaúcho de ver futebol, mais preocupado em defender, parece ter levado o técnico Paulo Bonamigo a dar espaço ao Ramalhão e impedido que o rubro-verde marcasse mais gols.
Claro que a campanha dele foi ótima, mas insuficiente, como é ótimo ver o Corinthians de Mano Menezes invicto, mas, agora, como precisará de vencer, talvez pouco.
Verdade que o Corinthians terá a mesma vantagem do Santos.
Ambos têm apenas a Copa do Brasil para pensar e contra adversários bem menos complicados que os de Palmeiras e São Paulo, pela Taça Libertadores da América.
O Santos irá nesta quarta-feira a Maceió, enfrentar o CSA e poderá até não levar todos os titulares, se apostar num eventual segundo jogo na Vila Belmiro. Já o Corinthians só enfrentará o Misto-MS, em Campo Grande, no dia 15 de abril, depois do primeiro jogo das semifinais. E poderá usar o mesmo expediente.
O São Paulo, em compensação, não só tem o Defensor uruguaio nesta quinta-feira, no Morumbi, como tem o Independiente Medellín no dia 15, e na Colômbia.
Pior só a vida do Palmeiras, com o Sport pela frente nos dias 8 e 15, lá e cá, para matar ou morrer.
Ou seja, se desde 2000 não vemos finais entre os grandes paulistas, é bem possível que a Libertadores fale mais alto que a rivalidade entre os grandes, opção que, se de fato acontecer, não pode ser criticada.
No Rio, é diferente, porque nenhum dos quatro grandes que chegaram às semifinais da Taça Rio tem Libertadores pela frente, apenas a Copa do Brasil.
A dupla Fla-Flu, que faz uma das semifinais, terá o Mangueirão, no Pará, no horizonte: o rubro-negro contra o Remo, dia 8, e o tricolor contra o Águia de Marabá, dia 16.
Dá para levar, ainda mais que as semifinais são num jogo só.
O Botafogo irá a Campos na quarta-feira, e o Vasco, no dia 15, a Caruaru, enfrentar o Central pernambucano. Ao Vasco, é verdade, não cabem muitas alternativas, mesmo porque a Copa do Brasil é o único meio que tem para chegar à Libertadores, em 2010.
E, lembremos: o Fla-Flu decide quem pode passar na frente do outro em número de títulos estaduais, empatados que estão, com 30 para cada lado.

Luto
Morreu Giulite Coutinho, um dos raros homens do futebol que se pôde chamar de dirigente, não de cartola. Alguém que serviu, jamais se serviu. E lutou o bom combate.

blogdojuca@uol.com.br

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