Após tumulto no primeiro clássico, clubes discutirão onde jogam nas semifinais

Ao contrário do duelo da 1ª fase, são-paulinos vão ter formação com titulares, e corintianos contarão com Ronaldo em seu ataque

DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje, às 11h, representantes dos quatro classificados sentarão na sede da Federação Paulista de Futebol para definir locais e datas das partidas.
A definição será da entidade, que espera que haja um consenso entre as agremiações.
Protagonistas do jogo mais tenso da primeira fase -que terminou em confusão e feridos na arquibancada- , Corinthians e São Paulo voltam a se pegar na semifinal, e a definição do local dos confrontos promete deixar uma das duas equipes descontentes.
Enquanto Palmeiras e Santos, que fazem a outra semifinal, parecem em consenso em relação aos estádios dos duelos, Corinthians e São Paulo ensaiam uma queda de braço.
Em pé de guerra com a federação desde o ano passado, e descotente por ter jogado ontem em Presidente Prudente em partida anteriormente agendada para São Caetano, o time do Morumbi nem cogita perder a vantagem de atuar em sua casa na segunda partida.
Se tiver que jogar no interior o primeiro jogo -que terá mando do rival-, o clube se dirá prejudicada pela distância e cansaço, já que terá jogo da Libertadores no meio da semana.
Já o Corinthians estará insatisfeito se tiver que atuar no Morumbi como mandante. Andres Sanchez, presidente do clube, chegou a dizer, após a rusga com os são-paulinos por questões de carga de ingressos ao corintianos, que o clube não atuaria mais no estádio do rival enquanto ele fosse presidente.
O afastamento do mandatário para cuidar da saúde pode facilitar as coisas, já que a decisão não seria de Andres.
O técnico Mano Menezes afirmou que o mando de campo da segunda partida é a grande vantagem do rival. ""Principalmente porque no segundo jogo já se sabe o que será necessário fazer", afirmou o treinador.
""Claro que prefiro o Pacaembu. Eles [são-paulinos] vão querer mandar seu jogo no Morumbi, então a gente tem de jogar no Pacaembu", afirmou Mano. Seu time está invicto este ano no estádio municipal.
A distribuição de ingressos, que deve ser determinada pelos mandantes, também estará na pauta.
Desafeto do São Paulo, o presidente Marco Polo Del Nero não pode influir oficialmente na decisão, já que está suspenso. No momento, o vice Reinaldo Carneiro Bastos é quem manda na federação.
Em campo, os times devem se enfrentar com suas equipes titulares, pela primeira vez desde o Paulista de 2008. Afinal, na primeira partida o São Paulo usou reservas.
"Não falo sobre domingo [jogo com o Corinthians]. Só a partir de quinta-feira, depois do jogo da Libertadores. Se não, os meus jogadores vão perder o foco e não vão pensar no Defensor", irritou-se o técnico são-paulino Muricy Ramalho.
Para Mano, os dois times serão diferentes em relação à primeira fase. Seu principal reforço será o atacante Ronaldo, que ainda não tinha estreado pelo Corinthians naquela ocasião.
"Estamos mostrando um futebol melhor, mais seguro e confiável. Estamos criando muitas chances de gol. Esse é um problema que vi hoje, criamos tanto que poderíamos ter virado. Já o São Paulo tem um trabalho muito bom de bola parada, há muito entrosamento", analisou Mano.
Para o atacante reserva André Lima, será um jogo diferente porque os times terão "força máxima". Os são-paulinos têm a volta de cinco atletas suspensos, além de outros poupados.
O desgaste físico do time do Morumbi é outro fator nas semifinais. Ontem, contra o São Caetano, com o time já classificado à segunda fase, a formação era quase só de reservas.
Antes dos dois jogos, há compromissos pela Libertadores, contra Defensor e Independiente. Até então, Muricy escalou times mistos no Estadual.

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