São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2010

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Ferrari se preocupa com quebra de motores

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SEPANG

A Ferrari saiu de Sepang com a liderança dos Mundiais de Pilotos e Construtores da F-1 e uma grande preocupação.
Não apenas viu a Red Bull dominar o GP da Malásia, anteontem, com uma dobradinha tranquila de Sebastian Vettel e Mark Webber, como pode ter descoberto um grande problema em sua luta pelo título: a confiabilidade de seu motores.
Além de Fernando Alonso, que abandonou na penúltima volta da corrida depois que seu propulsor explodiu, os dois carros da Sauber, que usa os motores da Ferrari, também não completaram a prova.
"Nós não sabemos ao certo a causa do problema no carro do Fernando e nem a situação nos motores da Sauber. Mas, ao que tudo indica, foram coisas diferentes", afirmou Stefano Domenicali, chefe da Ferrari.
Desde a primeira corrida do ano a escuderia italiana enfrenta problemas. No Bahrein, a equipe trocou os motores dos carros de Alonso e de Felipe Massa. Na etapa seguinte, na Austrália, mais uma troca.
E agora, na Malásia, o piloto espanhol perdeu a terceira das oito unidades permitidas por ano -os que já foram utilizados podem ser reaproveitados durante o resto da temporada.
"A Sauber teve problemas também, mas acho que isso pode ter sido causado pelo forte calor", disse Alonso, que agora tem dois pontos a menos que o brasileiro no Mundial -Vettel também soma 37 pontos.
Assim como no caso de Alonso, os motores usados pela dupla da Sauber eram quase novos, já que haviam sido trocados no sábado pela manhã.
O propulsor do carro de Pedro de la Rosa, que nem chegou a alinhar no grid, tinha rodado apenas 178 km. O de Kamui Kobayashi, que abandonou quando estava na 11ª colocação, tinha 272 km. Levando-se em conta que cada piloto tem direito a oito unidades nas 19 corridas do ano, cada uma tem de durar, em média, 2.100 km.
Mas a falta de confiabilidade nos motores não foi o único problema do time em Sepang. A equipe cometeu um erro básico no treino de classificação, que fez com que seus pilotos largassem em 19º e 21º.
De acordo com Domenicali, porém, o fato de a equipe não ter liberado sua dupla para marcar tempo esperando que a chuva diminuísse -ela aumentou- foi visto como uma lição.
"O que aconteceu no sábado foi inaceitável e já discutimos sobre isso com todos", minimizou o dirigente italiano.


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