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Ferrari se preocupa com quebra de motores
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SEPANG
A Ferrari saiu de Sepang com
a liderança dos Mundiais de Pilotos e Construtores da F-1 e
uma grande preocupação.
Não apenas viu a Red Bull dominar o GP da Malásia, anteontem, com uma dobradinha
tranquila de Sebastian Vettel e
Mark Webber, como pode ter
descoberto um grande problema em sua luta pelo título: a
confiabilidade de seu motores.
Além de Fernando Alonso,
que abandonou na penúltima
volta da corrida depois que seu
propulsor explodiu, os dois carros da Sauber, que usa os motores da Ferrari, também não
completaram a prova.
"Nós não sabemos ao certo a
causa do problema no carro do
Fernando e nem a situação nos
motores da Sauber. Mas, ao que
tudo indica, foram coisas diferentes", afirmou Stefano Domenicali, chefe da Ferrari.
Desde a primeira corrida do
ano a escuderia italiana enfrenta problemas. No Bahrein, a
equipe trocou os motores dos
carros de Alonso e de Felipe
Massa. Na etapa seguinte, na
Austrália, mais uma troca.
E agora, na Malásia, o piloto
espanhol perdeu a terceira das
oito unidades permitidas por
ano -os que já foram utilizados
podem ser reaproveitados durante o resto da temporada.
"A Sauber teve problemas
também, mas acho que isso pode ter sido causado pelo forte
calor", disse Alonso, que agora
tem dois pontos a menos que o
brasileiro no Mundial -Vettel
também soma 37 pontos.
Assim como no caso de Alonso, os motores usados pela dupla da Sauber eram quase novos, já que haviam sido trocados no sábado pela manhã.
O propulsor do carro de Pedro de la Rosa, que nem chegou
a alinhar no grid, tinha rodado
apenas 178 km. O de Kamui Kobayashi, que abandonou quando estava na 11ª colocação, tinha 272 km. Levando-se em
conta que cada piloto tem direito a oito unidades nas 19 corridas do ano, cada uma tem de
durar, em média, 2.100 km.
Mas a falta de confiabilidade
nos motores não foi o único
problema do time em Sepang. A
equipe cometeu um erro básico
no treino de classificação, que
fez com que seus pilotos largassem em 19º e 21º.
De acordo com Domenicali,
porém, o fato de a equipe não
ter liberado sua dupla para
marcar tempo esperando que a
chuva diminuísse -ela aumentou- foi visto como uma lição.
"O que aconteceu no sábado
foi inaceitável e já discutimos
sobre isso com todos", minimizou o dirigente italiano.
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