São Paulo, domingo, 06 de maio de 2001

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PAINEL FC

Sob risco 1
A CPI da CBF/Nike retoma amanhã suas audiências sob o risco não poder usar o conteúdo dos depoimentos em seu relatório, já que o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), foi claro quando prorrogou os trabalhos da comissão: 15 dias para audiências, 30 dias "exclusivamente" para a elaboração do texto final. Os 15 dias acabaram no final do mês passado.

Sob risco 2
Pelo mesmo motivo, alguns dos depoentes das próximas audiências estudam recorrer à Justiça para evitar a sabatina, entre eles Onaireves Moura, presidente da Federação Paranaense, a ser ouvido amanhã, em Florianópolis. Os líderes dos partidos só aceitaram prorrogar a CPI se os prazos pré-determinados fossem cumpridos.

Dentro da lei
Dois argumentos utilizam os deputados para justificar as audiências: os requerimentos haviam sido aprovados antes da prorrogação, e as sessões não serão investigativas, mas propositivas. "Isso já estava marcado faz tempo, por isso é legal", diz o deputado Dr. Rosinha (PT-PR).

Lupa
O caráter investigativo das próximas sessões da CPI itinerante da Câmara, no entanto, é inegável. Amanhã, em Florianópolis, os deputados vão questionar dirigentes do Joinville sobre doações recebidas da CBF, que, diga-se, nem chegaram ao clube. Sumiram no meio do caminho.

Ponto de vista
Para alguns membros da comissão, essas audiências são os passos finais para o trabalho de moralização do futebol, servem para pôr os últimos pingos nos is. Para os adversários, gasto desnecessário de dinheiro público por quem quer só holofote.

Isolado
O meia Ricardinho, do Corinthians, se manteve "incomunicável" na concentração do clube para o jogo de hoje contra o Santos. O filho do jogador quebrou na última semana seu telefone celular. Foi a quarta vez que isso aconteceu.

Cofres abertos
Não bastasse o socorro aos clubes cariocas, que pode chegar a US$ 4 milhões anuais, a Prefeitura do Rio decidiu que vai comprar um estádio na zona oeste da capital fluminense.

Concorrência
Dois estádios concorrem para ser adquiridos por César Maia (PTB). Para ficar com o Moça Bonita, do Bangu, a prefeitura gastaria R$ 2 milhões. No caso do Ítalo del Cima, seria necessário um investimento de R$ 6 milhões. A Globo Esportes teria manifestado interesse em auxiliar a prefeitura na empreitada.

Meio termo
Além de comprar o estádio, a prefeitura investiria em melhorias. Os clubes apóiam a iniciativa, já que, dizem, abrir o Maracanã até duas vezes por semana, com a atual frequência de público, é sinônimo de prejuízo.

Loteamento
Escaldado pela experiência com a ISL, Edmundo Santos Silva (Flamengo) estuda se associar a mais de uma empresa para aumentar a receita do clube. O dirigente quer lotear o que pode ser explorado no clube (estádio, licenciamento de produtos e o canal de TV do Flamengo). "Nenhum parceiro é especialista em tudo", justifica.

Imagem é tudo
O meia-atacante Petkovic disse à CPI do Futebol que não conhece a empresa Picoline Corporation, mas supõe que ela seja responsável por sua imagem no exterior. Quando da compra de seu passe pelo Fla, US$ 1,55 milhão foi pago à empresa nas Ilhas Virgens Britânicas. Para os senadores, aumentaram as suspeitas de crime fiscal.

Chiclete
No Brasil, a empresa responsável pelos direitos de imagem do sérvio é a Player. Segundo Roberto Machado, seu advogado e proprietário da Player, Petkovic não protagonizou nenhum comercial no país porque não houve uma boa oportunidade. "Não queríamos queimar a imagem dele com chiclete."

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
Do vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, sobre a hipótese de acionar o Flamengo pelo não-pagamento do passe de Edílson
- Sabemos que o Flamengo vive uma situação financeira atípica, mas tudo tem limite.



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