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ATENAS 2004
Explosões de artefatos na Grécia, mesmo sem vítimas, deixam em alerta principais participantes dos Jogos
Bombas fazem comitês reverem planos
DA REPORTAGEM LOCAL
A explosão de três artefatos caseiros, fabricados com dinamite,
detonadores, pilhas e relógios,
numa delegacia de polícia em
Atenas deixou em alerta os comitês olímpicos nacionais dos principais países que competirão na
Grécia entre 13 e 29 agosto.
Inglaterra, Austrália e França
decidiram rever seus planos de segurança depois das explosões.
O premiê inglês, Tony Blair, disse que ""esses assuntos estão em
constante revisão", embora a posição atual do governo britânico
seja de que os Jogos devam ser
mantidos no período marcado.
Já a Austrália anunciou que sua
agência de espionagem irá revisar
suas avaliações de segurança e
que, apesar de não ter recuado em
sua decisão de mandar a equipe
para a Olimpíada, irá entender a
posição de atletas que, por medo
do terrorismo, decidam, por conta própria, não competir.
Os franceses avisaram que irão
montar um esquema para os atletas que não quiserem ficar na Vila
Olímpica, com medo de atentados, e que fará o possível para tirar os competidores da Grécia assim que acabarem de competir.
Os norte-americanos discutiam
a questão no Congresso antes
mesmo da explosão dos artefatos
na delegacia de Kalithea, próxima
ao centro de Atenas. "Nós estávamos começando a ouvir uma série de preocupações sobre os preparativos e a discutir se devemos
mesmo ir ou não", disse o senador republicano Gordon Smith.
O Usoc, comitê olímpico norte-americano, disse confiar no investimento recorde em segurança
-superior a 1 bilhão-, que a
presença da delegação dos EUA
não está, a princípio, em risco e
que confia nas explicações dadas
pelo governo grego.
O governo da Grécia diz que o
incidente, que não teve vítimas,
mas provocou sérios danos na delegacia, não tem conexão com os
Jogos. O primeiro-ministro grego, Costas Caramanlis, considerou o ocorrido "um fato isolado"
que em nada afeta a Olimpíada.
O Comitê Olímpico Brasileiro
enviará a Atenas José Milton Rodrigues, delegado da Polícia Federal, para conhecer o esquema de
segurança dos Jogos.
Com agências internacionais
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