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FUTEBOL
Clube terá de arcar com avarias no Pacaembu e será responsável pelo jogo no interior, que já gera confusão na PM
Mandante, Corinthians viaja e paga conta
DA REPORTAGEM LOCAL
E DO PAINEL FC
Os estragos no Pacaembu custaram caro para o Corinthians.
O clube, além mandar o clássico
com o São Paulo em São José do
Rio Preto (440 km a noroeste de
São Paulo), terá de arcar com as
avarias provocadas por seus torcedores no estádio paulistano.
"Casa" corintiana na capital, o
Pacaembu ficou fechado ontem
para vistoria da Secretaria Municipal de Esportes e da Polícia Civil.
Segundo a prefeitura, o custo
para os cofres corintianos será da
ordem de "dezenas de milhares
de reais". A conta, baseada em
laudo de uma equipe de técnicos
do governo municipal, será encaminhada à diretoria do clube dentro de no máximo duas semanas.
A equipe que detém o mando de
jogo é responsável pelos estragos
causados pela torcida ao estádio.
Era o caso do Corinthians, anteontem. Como será no interior.
O time do Parque São Jorge
também enviou ontem um fotógrafo para fazer sua avaliação,
mas não quis comentar o caso.
A prefeitura, porém, diz que sua
conta será incontestável. Após fechar o número de equipamentos
danificados -dados preliminares apontam cerca de cem cadeiras quebradas, portões, grades e
vidros avariados e lanchonete saqueada, entre outros danos-, a
secretaria levantará os valores.
Não será possível, por exemplo,
o Corinthians argumentar que
seu fornecedor oferece preço menor do que aqueles apresentados
pelos técnicos do poder público.
Apesar da interdição para o
clássico, o Pacaembu será reaberto hoje. No fim de semana, haverá
uma competição de natação.
Os torcedores corintianos também terão de responder pela confusão no estádio. No 23º Distrito
Polícia, em Perdizes, foi aberto inquérito de lesão corporal e dano
patrimonial para tentar apontar
os culpados pela quebradeira e
pelas agressões aos PMs.
A viagem para São José do Rio
Preto, além de custar caro para o
Corinthians, não deve livrá-lo da
pressão. Estava prevista para ontem reunião na sede da Gaviões
da Fiel no interior para decidir sobre protestos antes do jogo.
O time vai hoje em vôo fretado.
Para evitar o encontro com os torcedores, não divulgou o horário.
A PM, que pediu a mudança do
jogo por causa da segurança, não
entrou em acordo sobre quem será responsável pelo clássico.
Segundo o tenente Odair José
da Silva, de São José do Rio Preto,
o policiamento dentro do estádio
Benedito Teixeira, o Teixeirão, será feito por policiais da tropa de
choque da capital. Na região em
torno do estádio, atuariam os policiais locais e de cidades vizinhas.
Mas, de acordo com o major
Botelho, responsável pelos estádios, todo o policiamento ficaria a
cargo do efetivo do interior.
Para as torcidas de Corinthians
e São Paulo que forem ao jogo, haverá escolta nas rodovias.
A PM não classifica a partida como sendo de alto risco.
(EDUARDO ARRUDA, EDUARDO OHATA,
MARIANA LAJOLO E RODRIGO MATTOS)
Colaborou a Agência Folha
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