São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2010

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Palmeiras joga mal, perde 4 pênaltis e é eliminado

Derrota nas quartas da Copa do Brasil para o Atlético-GO agrava crise no clube

Atlético-GO 1
Palmeiras 0


RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA

Acabou em quatro pênaltis errados a trajetória do Palmeiras na Copa do Brasil 2010. Sem respaldo da diretoria. Sem raça diante de um time mais frágil. Sem explicações convincentes do técnico Antônio Carlos.
"Se não tivéssemos ficado com um a menos, teríamos obtido a classificação", disse o treinador, atribuindo à expulsão de Pierre, aos 15min da etapa final, o motivo maior da derrota por 1 a 0 no tempo normal.
Depois, nas penalidades -a equipe vencera o Atlético-GO pelo mesmo placar na semana passada-, Marcos defendeu três cobranças. Mas Danilo, Figueroa, Ivo e Cleiton Xavier também desperdiçaram as suas. Só Ewerthon acertou.
"Tem de ter frieza nessa hora. Nos treinos esses jogadores bateram bem, por isso foram os escolhidos", afirmou Antônio Carlos, que na terça-feira não deixou os cinegrafistas filmarem a prática de pênaltis.
A eliminação diante dos goianos, campeões estaduais no último domingo, foi o retrato do momento atual que o Palmeiras vive, prestes a estrear no Campeonato Brasileiro, neste sábado, contra o Vitória -adversário dos atleticanos na semifinal da Copa do Brasil.
Apenas o diretor de futebol Genaro Marino acompanhou a delegação em Goiânia. Os principais cardeais do futebol, como o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e seu vice Gilberto Cipullo, permaneceram na capital, onde o meia Diego Souza é o problema a ser resolvido.
O meia não apareceu ontem no CT para tratar da suposta lesão que o tirou do duelo mais importante da temporada.
"Vamos analisar friamente por que o Diego não foi fazer tratamento", disse, meio constrangido, o técnico palmeirense. Nem Genaro Marino apareceu para falar sobre o caso.
Amanhã o meia será julgado pelos gestos obscenos feitos na semana passada, quando mostrou o dedo médio à torcida ao ser substituído sob vaias do primeiro jogo ante os goianos.
O possível gancho de até seis partidas que ele terá de cumprir não é o único desfalque já previsto para Antônio Carlos no início de Brasileiro -isso se Diego Souza ficar no clube.
Ontem o zagueiro Danilo foi punido com 11 partidas pelas ofensas a Manoel, do Atlético-PR, no jogo de ida das oitavas de final da Copa. O palmeirense chamou o adversário de "macaco" e ainda cuspiu nele.
Isso sem contar no provável desmanche que atingirá o elenco, principalmente após o Mundial da África, quando será aberta a janela de transferências para a Europa.
"O meu planejamento, daquilo que eu previa quando cheguei [no meio de fevereiro], está sendo bem-feito. Mas o planejamento tinha de vir desde outubro do ano passado", justificou-se Antônio Carlos.
Em campo, o time dele foi pouco efetivo. Sem se arriscar, o Palmeiras não soube aproveitar a inoperância dos anfitriões, principalmente no primeiro tempo. Arriscou pouco. Na etapa final, os paulistas pareciam "administrar" a derrota -Marcão marcou o gol aos 25min.
Assim que Elias converteu a quinta e decisiva penalidade a favor do Atlético-GO, o goleiro Marcos correu em direção ao vestiário, como fez a maioria dos jogadores. Só restou ao treinador explicar o fiasco.
"Infelizmente não conseguimos a classificação", foi a primeira frase dele na entrevista coletiva. Triste, como todo o Palmeiras. Insuficiente, também, a exemplo da equipe.


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