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MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
Os tênis molhados e a Indy em São Paulo
OS TÊNIS AINDA molhados,
na segunda à tarde, eram
como os daqueles que enfrentam alagamentos sempre que chove pouco mais
que a média em São Paulo.
Eram como os carros alagados. Eram como as casas
cheias de lama. Sim, eram
só mais uma -no caso infimíssima, microscópica-
parcela da forte chuva do
domingo.
Mas incomodavam.
Como incomodou a cidade uma corrida de carros em
parte da marginal Tietê numa manhã de segunda.
Corrida adiada pela chuva é algo que ocorre de vez
em quando. O xis da questão é que a prova da Indy
não foi paralisada diretamente por causa do aguaceiro. Foi por falha da drenagem. Parece a mesma coisa, mas não é.
Com o temporal que caiu
entre 13h e 14h, era impossível correr em qualquer circuito do mundo. De Indy, F-1
ou velotrol. Ventava muito,
não havia visibilidade. Mas
com a chuva que veio depois
das 14h, dava para correr fácil. Até de velotrol.
E por que não houve corrida? Porque a drenagem da
marginal fracassou. Porque
o escoamento de água na tal
"Reta dos Bandeirantes" é
igual ao que (não) existe pelo resto da cidade. Horrível.
Em 2010, as falhas foram
encaradas como "normais
para uma primeira vez". Para 2011, a organização melhorou muito, diga-se. Mas
não conseguiu superar problemas crônicos da cidade.
Enquanto a bandeira vermelha estava acionada, Dixon e Power passaram algumas vezes pelo local, acompanhados pelo diretor de
prova. Como eram os traseiros deles na reta -literalmente-, acharam melhor
não arriscar, não trabalhar
naquele dia.
O paulistano, no dia a dia,
não tem essa opção.
Por mais que haja uma
produção cuidadosa, circuito de rua sempre reflete um
pouco da cidade onde está.
E é esse o grande risco da
São Paulo Indy 300.
F-1
PERDOADO
Na Williams, saem o diretor
técnico, Michael, e o chefe
de aerodinâmica, Tomlinson. Head deve se aposentar
no fim do ano e, merecidamente, descansar. Mudanças mais do que necessárias.
Mas, desespero de causa à
parte, resgatar do limbo um
dos protagonistas do caso de
espionagem, Coughlan, ex-McLaren, foi uma tremenda
pisada de bola.
F-1
TROCA DE SINAL
No começo do ano, faziam
todo o sentido os rumores
sobre as saídas de Webber e
Massa de suas equipes. Hoje, não mais. O australiano já
fala abertamente que "dificilmente" deixará a Red Bull
ao término do contrato. E
Massa, em três GPs até agora, terminou dois à frente de
Alonso. Mais: o contrato termina no fim de 2012. Desse
jeito, vai cumpri-lo até o fim.
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