São Paulo, sexta-feira, 06 de maio de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Os tênis molhados e a Indy em São Paulo

OS TÊNIS AINDA molhados, na segunda à tarde, eram como os daqueles que enfrentam alagamentos sempre que chove pouco mais que a média em São Paulo.
Eram como os carros alagados. Eram como as casas cheias de lama. Sim, eram só mais uma -no caso infimíssima, microscópica- parcela da forte chuva do domingo.
Mas incomodavam.
Como incomodou a cidade uma corrida de carros em parte da marginal Tietê numa manhã de segunda.
Corrida adiada pela chuva é algo que ocorre de vez em quando. O xis da questão é que a prova da Indy não foi paralisada diretamente por causa do aguaceiro. Foi por falha da drenagem. Parece a mesma coisa, mas não é.
Com o temporal que caiu entre 13h e 14h, era impossível correr em qualquer circuito do mundo. De Indy, F-1 ou velotrol. Ventava muito, não havia visibilidade. Mas com a chuva que veio depois das 14h, dava para correr fácil. Até de velotrol.
E por que não houve corrida? Porque a drenagem da marginal fracassou. Porque o escoamento de água na tal "Reta dos Bandeirantes" é igual ao que (não) existe pelo resto da cidade. Horrível.
Em 2010, as falhas foram encaradas como "normais para uma primeira vez". Para 2011, a organização melhorou muito, diga-se. Mas não conseguiu superar problemas crônicos da cidade.
Enquanto a bandeira vermelha estava acionada, Dixon e Power passaram algumas vezes pelo local, acompanhados pelo diretor de prova. Como eram os traseiros deles na reta -literalmente-, acharam melhor não arriscar, não trabalhar naquele dia.
O paulistano, no dia a dia, não tem essa opção.
Por mais que haja uma produção cuidadosa, circuito de rua sempre reflete um pouco da cidade onde está.
E é esse o grande risco da São Paulo Indy 300.

F-1
PERDOADO
Na Williams, saem o diretor técnico, Michael, e o chefe de aerodinâmica, Tomlinson. Head deve se aposentar no fim do ano e, merecidamente, descansar. Mudanças mais do que necessárias. Mas, desespero de causa à parte, resgatar do limbo um dos protagonistas do caso de espionagem, Coughlan, ex-McLaren, foi uma tremenda pisada de bola.

F-1
TROCA DE SINAL
No começo do ano, faziam todo o sentido os rumores sobre as saídas de Webber e Massa de suas equipes. Hoje, não mais. O australiano já fala abertamente que "dificilmente" deixará a Red Bull ao término do contrato. E Massa, em três GPs até agora, terminou dois à frente de Alonso. Mais: o contrato termina no fim de 2012. Desse jeito, vai cumpri-lo até o fim.


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