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OLIMPÍADA
Decisão é tomada após TV australiana acusar Phil Coles de passar os "subornáveis' do COI a Salt Lake City
Propina derruba chefe de Sydney-2000
das agências internacionais
O Socog, comitê organizador da
próxima Olimpíada, pediu ontem
a renúncia de Phil Coles, articulador da candidatura australiana e
membro do órgão.
A alegação é de que ele estaria
sendo prejudicial à imagem de
Sydney-2000 junto a patrocinadores, responsáveis pela injeção da
maior parte do dinheiro necessário para a realização do evento.
Phil Coles está sendo investigado
pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) por ser suspeito de receber propinas para votar em Salt Lake City (EUA) para sede dos Jogos
de Inverno de 2002.
Além disso, uma TV australiana
divulgou que ele teria passado a
"rota da propina" para a cidade
norte-americana, revelando os
membros do COI que estariam sujeitos a suborno.
Sandy Hollway, diretor-executivo do Socog, já enviou carta à imprensa e aos patrocinadores, oficializando que o órgão decidiu pela saída imediata de Coles.
De acordo com Hollway, a polêmica em torno do membro do Socog, além de afastar empresas interessadas nos Jogos, também pode
vir a prejudicar as vendas de ingressos, que devem começar no
dia 30, para a Olimpíada de 2000.
"Não estou fazendo um pré-julgamento ou dizendo que Phil (Coles) não deva se defender contra as
acusações", afirmou Hollway.
"Mas tenho compromissos com
todos que trabalham na organização de realizar com êxito os Jogos
Olímpicos. É minha obrigação dizer a ele (Coles) que continue a resolver seu caso longe do Socog."
O presidente do Socog, Michael
Knight, e o do Comitê Olímpico
Australiano, John Coates, não se
opuseram ao discurso de Hollway.
Coles, 67, já está licenciado do
Socog desde que se viu envolvido
no escândalo de corrupção.
Por enquanto, no entanto, sofreu
apenas uma advertência do COI a
respeito do suposto recebimento
de propinas da parte de Salt Lake.
Anteontem, a ABC, uma das redes de TV australianas, divulgou
que Salt Lake recebeu informações
de Sydney sobre como conseguir
votos para ser eleita pelo COI.
Segundo a ABC, Coles remeteu a
Salt Lake documentos secretos nos
quais havia observações sobre
quais membros do COI eram mais
propensos a se vender -recebendo propinas em troca de votos.
Coles nega que foi informante da
cidade norte-americana no caso.
Mas a ABC assegura que possui
400 páginas de documentos, obtidos com "fontes em Salt Lake", que
incluem avaliações de integrantes
do COI feitas por Coles e por sua
secretária, Patricia Rosembrock.
Se isso for verdade, crescerão as
suspeitas de que Sydney, antecipando-se a Salt Lake, já utilizara as
informações de Coles e obtivera,
por meio do pagamento de propinas, os votos para ser sede da
Olimpíada de 2000.
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