São Paulo, terça-feira, 06 de junho de 2006

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Intacta, defesa registra recorde na era Parreira

Duelos contra Venezuela, Emirados Árabes, Rússia, Lucerna e Nova Zelândia ajudam seleção a completar cinco jogos sem levar gol

DOS ENVIADOS A KÖNIGSTEIN

Para quem sempre prezou a boa defesa, Carlos Alberto Parreira tem razões para suspirar e também para se preocupar com a sua seleção brasileira.
Contando as três passagens dele pelo time nacional -o que ultrapassa a marca de uma centena de jogos-, nunca o treinador viu sua seleção ficar tanto tempo sem sofrer gols.
Já são cinco partidas inteiras e quase um ano sem o Brasil de Parreira ter sido vazado -o recorde anterior do treinador, obtido na sua segunda passagem pelo cargo, entre 1991 e 1994, era de quatro confrontos.
O último adversário a marcar contra o Brasil foi a Bolívia, que só conseguiu fazer um tento, e ainda por cima na temida altitude de La Paz, pelas eliminatórias para a Copa da Alemanha.
Só que há um detalhe: a defesa invicta brasileira foi testada por verdadeiras galinhas-mortas. A série invicta aconteceu contra Venezuela, Emirados Árabes, Rússia, Lucerna e Nova Zelândia, sendo que os últimos quatro duelos foram amistosos.
Com sparrings desse nível, os próprios comandados de Parreira reconhecem que a defesa do time nacional, mais desprotegida depois da adoção do quarteto mágico, está longe de ser testada de verdade.
"Sem adversários com atacantes fortes, temos que acertar a defesa nos treinos. É quando podemos testar o nosso posicionamento", disse Zé Roberto, meia de origem que executa função de volante no esquema montado por Parreira. "Nos jogos do Mundial, vamos enfrentar alguns times com atacantes de qualidade. O que temos que fazer é treinar para ajustar tudo", falou Adriano.
Na goleada na Nova Zelândia, ficou latente a falta de qualidade dos rivais brasileiros que não conseguiram vazar a equipe nos últimos meses. O time da Oceania finalizou contra o gol de Dida só seis vezes.
O time ainda mostrou algumas falhas de posicionamento -o zagueiro Lúcio muitas vezes ficou isolado na marcação. (EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)


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