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Intacta, defesa registra recorde na era Parreira
Duelos contra Venezuela, Emirados Árabes, Rússia, Lucerna e Nova Zelândia ajudam seleção a completar cinco jogos sem levar gol
DOS ENVIADOS A KÖNIGSTEIN
Para quem sempre prezou a
boa defesa, Carlos Alberto Parreira tem razões para suspirar e
também para se preocupar com
a sua seleção brasileira.
Contando as três passagens
dele pelo time nacional -o que
ultrapassa a marca de uma centena de jogos-, nunca o treinador viu sua seleção ficar tanto
tempo sem sofrer gols.
Já são cinco partidas inteiras
e quase um ano sem o Brasil de
Parreira ter sido vazado -o recorde anterior do treinador,
obtido na sua segunda passagem pelo cargo, entre 1991 e
1994, era de quatro confrontos.
O último adversário a marcar
contra o Brasil foi a Bolívia, que
só conseguiu fazer um tento, e
ainda por cima na temida altitude de La Paz, pelas eliminatórias para a Copa da Alemanha.
Só que há um detalhe: a defesa invicta brasileira foi testada
por verdadeiras galinhas-mortas. A série invicta aconteceu
contra Venezuela, Emirados
Árabes, Rússia, Lucerna e Nova
Zelândia, sendo que os últimos
quatro duelos foram amistosos.
Com sparrings desse nível, os
próprios comandados de Parreira reconhecem que a defesa
do time nacional, mais desprotegida depois da adoção do
quarteto mágico, está longe de
ser testada de verdade.
"Sem adversários com atacantes fortes, temos que acertar a defesa nos treinos. É
quando podemos testar o nosso
posicionamento", disse Zé Roberto, meia de origem que executa função de volante no esquema montado por Parreira.
"Nos jogos do Mundial, vamos
enfrentar alguns times com
atacantes de qualidade. O que
temos que fazer é treinar para
ajustar tudo", falou Adriano.
Na goleada na Nova Zelândia,
ficou latente a falta de qualidade dos rivais brasileiros que
não conseguiram vazar a equipe nos últimos meses. O time
da Oceania finalizou contra o
gol de Dida só seis vezes.
O time ainda mostrou algumas falhas de posicionamento
-o zagueiro Lúcio muitas vezes ficou isolado na marcação.
(EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
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