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TOSTÃO
Encontro e treinos
Critiquei Parreira,
mas tem feito bons treinos, só falta o de contra-ataque rival
DE VEZ em quando,
me perguntam se,
por ter sido campeão do mundo pela Brasil, vou com freqüência ao
hotel da seleção fora do
horário normal de entrevistas. É óbvio que não,
nem quero, para não perder a minha independência de colunista.
Ao contrário, por ter sido jogador, alguns atletas
ficam mais chateados com
as minhas críticas do que
com as mesmas críticas
feitas pelos jornalistas que
não foram atletas. Já
disseram até que os jogadores do passado têm inveja dos do presente.
Acham que temos sempre
de apoiá-los.
Eles confundem o passado com o presente, o ex-jogador com o cronista. Se
fosse complacente e só
elogiasse, perderia a credibilidade de opinar com
isenção, certo ou errado.
Fui um dos cronistas
que mais elogiaram Rivaldo. Mesmo assim, durante
a Copa-02, Rivaldo se recusou de participar de
uma entrevista com a minha presença porque ficara chateado com críticas
que fizera a ele anos atrás.
Na semana passada, eu e
outros colunistas fomos
convidados por Parreira
para um jantar no hotel da
seleção. Fomos com prazer, pelo respeito profissional que temos pelo técnico. Foi um encontro
agradável. Parreira não
disse nada diferente do
que sabíamos.
Se o convite fosse da
CBF ou desses técnicos
metidos que existem por
aí, não iria. Não vejo razão
também para que esse encontro com Parreira seja
repetido, como proposto.
Ficaria oficial e suspeito.
Treino tático
Em outra coluna, critiquei o treino tático quase
diário na metade do campo e com jogadores fora
de posição. Não é uma situação de jogo. Preciso
agora reconhecer que o
Parreira tem feito outros
ótimos treinos táticos,
para a defesa, o ataque e
para a equipe sair de uma
marcação por pressão.
Faltam ainda treinos de
posicionamento para receber o contra-ataque
-principal risco para o
Brasil-, com um jogador
a menos ou um a mais, de
marcar por pressão e outras situações de jogo. Felipão fazia tudo isso.
@ - tostao.folha@uol.com.br
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