São Paulo, sábado, 06 de junho de 2009

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Brasil torce contra seu retrospecto em junho

No mês de férias para quem joga na Europa, Dunga não viu seleção ganhar

Nas 6 partidas que disputou, treinador amarga o pífio aproveitamento de 17% e contabiliza apenas um gol feito contra sete sofridos


DO ENVIADO A MONTEVIDÉU

Servir a seleção após uma temporada inteira nos clubes europeus virou um tormento para os jogadores brasileiros.
Desde que Dunga assumiu o cargo, em agosto de 2006, jogar em junho, o mês em que começam as férias de quem joga nas principais ligas da Europa, é um pesadelo para o time.
Foram seis jogos nas últimas duas temporadas no sexto mês do ano após o fim dos torneios no continente em que atua a maioria dos atletas da seleção.
E neles o time de Dunga tem números de equipe pequena. A seleção não venceu nenhuma dessas seis partidas. Foram três empates e três derrotas, o que significa um indecente aproveitamento de 17%. Nesses duelos, o Brasil fez um gol e sofreu sete.
Em junho, a seleção fez provavelmente seus piores jogos sob o comando de Dunga, como a derrota, em amistoso nos EUA, para a Venezuela, no ano passado, e um empate sem gols diante da Turquia, em 2007.
Dunga passou a semana inteira em Teresópolis, onde seu time se preparou para o jogo contra o Uruguai, reclamando das condições de seus jogadores, como ao comentar um problema com o zagueiro Lúcio.
"São dores musculares. É final de temporada, isso é normal", disse o treinador. "Sempre vou reclamar que não estou satisfeito. Mas fizemos tudo dentro do que era possível pela forma como os jogadores se apresentaram", completou.
Os jogadores se dividem sobre o estado físico do time antes dos jogos contra uruguaios e paraguaios nas eliminatórias.
"Estamos na seleção, tem que dar o máximo, mas, quando você não aguentar, estiver cansado, quem está do lado de fora pode entrar", diz Elano.
"Para muitos, rola o cansaço. Para mim, menos, por causa da minha posição, mas, depois que a bola rola, a galera esquece isso", falou o goleiro Júlio César.
Mesmo admitindo o cansaço dos "europeus", Dunga dá prioridade a eles. Dos seis convocados que vêm atuando em clubes nacionais, todos no meio da temporada, o único titular contra o Uruguai será o lateral-esquerdo Kléber. Os outros cinco (Victor, André Santos, Kleberson, Ramires e Nilmar) nem vaga no banco garantida têm -nas eliminatórias, são permitidos sete reservas.
No time que considera o melhor hoje, Dunga só deve ter um desfalque. Ainda se recuperando de contusão sofrida há dois meses, o lateral-direito Maicon fica de fora e dá lugar a Daniel Alves, que acaba de ganhar a Copa dos Campeões com o Barcelona.0 (PAULO COBOS)


NA TV - Uruguai x Brasil Globo, Band, Bandsports, ESPN Brasil e Sportv, ao vivo, às 16h



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