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Nas alturas
Opção de Dunga por jogadores altos e em boa forma física faz com que a seleção espiche em relação a 2006 e se apresente como a 2ª mais alta entre os favoritos
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
A predileção de Dunga por
jogadores altos fez a seleção
brasileira dar um salto enorme no ranking de tamanho
entre as principais seleções
que disputam a Copa.
Em 2006, na Alemanha,
sempre segundo dados coletados e anunciados pela Fifa,
os 23 convocados pelo técnico Carlos Alberto Parreira tinham, em média, 1,816 m.
Entre as principais seleções do planeta (Alemanha,
Argentina, Brasil, Espanha,
França, Holanda, Inglaterra
e Itália), a brasileira era apenas a sexta mais alta.
Agora, o grupo convocado
por Dunga bate no 1,826 m,
suficiente para o time nacional subir para a segunda posição no ranking de estatura
dos favoritos ao título.
Entre os grandes, o Brasil
só é mais baixo hoje do que a
Alemanha. Ainda assim, a diferença diminuiu -era superior a dois centímetros há
quatro anos e hoje se encontra abaixo desse patamar.
Na contramão do Brasil e
da população mundial, em
que a estatura média só cresce, algumas das principais
seleções do mundo ou estão
estagnadas na altura (casos
de França e Inglaterra) ou até
diminuíram de tamanho, como a Argentina, a Itália e a
Holanda (no último caso, a
média de altura caiu quase
três centímetros).
O time titular de Dunga
apresenta média de altura
idêntica à do grupo como um
todo. Nada menos do que 8
dos 11 jogadores que devem
estar em campo no próximo
dia 15, na estreia na Copa do
Mundo, contra a Coreia do
Norte, têm mais de 1,80 m. O único que fica abaixo do
1,75 m é o meio-campista Elano, que mede 1,74 m.
A força física dos brasileiros foi apontada por adversários como um dos grandes diferenciais brasileiros.
É a opinião, por exemplo,
do treinador italiano Mar-
cello Lippi, que foi derrotado
pela equipe de Dunga com a
seleção de seu país duas vezes na temporada passada.
A preferência por jogadores fortes ficou evidente na
gestão Dunga desde que ele
assumiu, em 2006, até a convocação para a Copa do Mundo da África do Sul.
Depois de reprovar a carreira desregrada do atacante
Adriano, que acabou excluído da lista para o Mundial,
ele chamou para seu lugar
um centroavante com as
mesmas características físicas: o ex-são-paulino Grafite,
do Wolfsburg, de 1,89 m.
Além da altura, o técnico
gaúcho não quer saber de jogadores acima do peso. Nenhum dos 23 convocados
apresenta esse problema
atualmente. E também leva
em conta a condição física de
cada um para escalar o time
pentacampeão mundial.
"Temos que esperar até a
Copa [começar] e ver o condicionamento de um ou outro
jogador. Todos têm que estar
preparados para entrar", disse Dunga, ao responder se já
podia confirmar a equipe para o primeiro jogo no Mundial, contra a Coreia do Norte, daqui a nove dias.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ,
PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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