Discretos, atletas dizem que encarar Costa do Marfim sem astro é melhor

DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

A possível ausência do atacante Drogba, da Costa do Marfim, da Copa, foi comemorada discretamente pelos jogadores da seleção.
É consenso que a ausência do jogador do Chelsea no duelo contra o Brasil, dia 20 de junho, no estádio Soccer City, seria uma vantagem, mas a contusão do atacante do Chelsea foi lamentada.
"O pessoal estava comentando sobre o Ferdinand e o Drogba. É complicado, tem que tomar cuidado nos treinamentos, é final de temporada, a gente até não vai com tanta ênfase nas divididas pra não lesionar um companheiro", afirmou Grafite.
"A gente está se precavendo na parte física, muscular, ninguém quer perder a Copa. E quando se vê o nível dos jogadores que estão sendo cortados, a gente bate na madeira", completou o atacante.
"A medicina está avançando tanto que ele vai fazer uma cirurgia e jogará contra a gente. Daqui a pouco não tem mais lesão", falou o lateral Maicon. "Mas enfrentar Costa do Marfim sem ele seria melhor", afirmou o lateral.
Ontem à tarde, a seleção fez treino coletivo. O time titular não teve Júlio César, que se recupera de lesão nas costas e fez trabalho à parte com o preparador de goleiros Wendel. O desempenho dos 11 principais de Dunga foi fraco. O time teve dificuldade na saída de bola com Felipe Melo e Gilberto Silva, além de um Kaká rendido pela marcação de Josué.
O único gol saiu em uma repetição de jogada dos reservas. Foi anotado pelo atacante Grafite. O técnico Dunga só permitiu que os primeiros 10 minutos do treino, que durou 45, fossem filmados.
A ordem de Dunga não foi bem compreendida por jornalistas japoneses, que demoraram a desligar seus equipamentos.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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