São Paulo, segunda-feira, 06 de junho de 2011

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Rei

Nadal iguala marca de 6 títulos em Roland Garros de Borg e já o supera em outros itens no saibro

Michel Spingler/Associated Press
Rafael Nadal celebra a vitória sobre Roger Federer em Paris

DE SÃO PAULO

O espanhol Rafael Nadal se igualou ontem ao sueco Björn Borg como o mais vitorioso em Roland Garros.
Ao derrotar o suíço Roger Federer por 3 a 1 (7/5, 7/6, 5/7 e 6/1), Nadal conquistou seu sexto título no Grand Slam francês, manteve a liderança do ranking mundial e se credenciou para se tornar o verdadeiro rei do saibro.
A denominação é designada de tempos em tempos a um tenista que domine por um período os jogos na superfície. Tricampeão de Roland Garros, o brasileiro Gustavo Kuerten também já foi chamado o rei do saibro.
O fato é que até ontem ninguém havia vencido tanto o mais importante torneio na terra batida quanto Borg.
Ao igualar a marca do sueco em Paris, Nadal oferece muitos argumentos para considerá-lo como o maior da história no saibro.
O espanhol chegou ao sexto título de Roland Garros apenas um dia mais velho do que Borg: 25 anos e dois dias.
Mas já tem mais títulos (32 contra 30) e apresenta uma invencibilidade no piso muito maior (81 contra 46).
Além disso, Borg encerrou a carreira precocemente, meses depois do sexto título, enquanto Nadal não demonstra nenhuma intenção de deixar as quadras no curto prazo.
"É uma honra igualar o recorde de alguém como Borg. No ano que vem, tentarei vir aqui e superá-lo", afirmou. "Agora quero desfrutar do troféu. O que não é nem um pouco fácil de ganhar."
Apesar dos números favoráveis, o tio e técnico do espanhol, Toni Nadal, afirma que o sobrinho ainda está atrás do ex-tenista sueco.
"Isso [os números] não representa nada. Quando era jovem, vi Borg jogando e acho que ele continua sendo o maior. Era extraordinário. Melhor do que o Rafa", afirmou Toni Nadal, que classificou o título de 2011 como o mais difícil de todos os seis.
"Ele não estava conseguindo bater bem na bola e isso dava uma intranquilidade grande", afirmou o técnico, ressaltando que o nervosismo era resultado das derrotas para Novak Djokovic.
O sérvio o venceu em quatro finais seguidas -duas no saibro (Madri e Roma).
Com o excelente início de temporada de Djokovic, Nadal ficou ameaçado de perder a liderança do ranking.
Ele foi "salvo" por Federer. O suíço encerrou a invencibilidade de 43 jogos do sérvio, que só precisava chegar à final para ser o número um.
Mas Nadal precisava vencer o suíço para se manter no topo. Federer começou o jogo embalado pelo o resultado da semifinal. Abriu 3 a 0 e depois 5 a 2, mas viu o espanhol vencer cinco games seguidos e fechar o primeiro set.
Após perder a segunda parcial no tie-break, Federer chegou a estar perdendo o terceiro set por 4 a 2, mas reagiu e prolongou a decisão.
No quatro set, porém, não conseguiu segurar Nadal.
"Esta foi uma atuação excepcional de Rafa, que me venceu de novo. Estou triste, mas feliz por ter jogado contra ele outra vez", afirmou Federer. "Ele é o melhor do mundo no saibro."


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