São Paulo, sábado, 6 de junho de 1998

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Espanhol José Garcia Aranda atuou na partida em que a Nigéria eliminou o Brasil da final da Olimpíada de 1996
Juiz da tragédia de Atlanta apita 1º jogo

ROGÉRIO SIMÕES
enviado especial a Paris

Para um técnico supersticioso como Zagallo, a escolha do árbitro da primeira partida do Brasil na Copa, contra a Escócia, na quarta-feira, não poderia ter sido pior.
A tarefa de apitar o jogo de abertura do Mundial caberá ao espanhol José Garcia Aranda, 42, o mesmo juiz da derrota da seleção brasileira para a Nigéria, por 4 a 3, na Olimpíada de Atlanta, partida que tirou o time da luta pela inédita medalha de ouro olímpica.
O jogo contra a Nigéria, perdido na morte súbita, em 31 de julho de 96, foi o maior fracasso de Zagallo desde que assumiu o comando da seleção, depois da Copa dos EUA.
A Fifa anunciou a lista dos árbitros das primeiras 34 partidas do Mundial na noite de ontem, em Paris. O polêmico argentino Javier Castrilli apitará o jogo entre Arábia Saudita, do técnico Carlos Alberto Parreira, e Dinamarca.
Além da eliminação na Olimpíada-96, os jogadores Dida, Bebeto e Gonçalves ainda têm outra amarga lembrança relacionada ao espanhol. Aranda apitou a derrota do Cruzeiro para o Borussia Dortmund, por 2 a 0, na final do Mundial interclubes do ano passado, em Tóquio (Japão).
A seleção da Escócia também já conheceu de perto o trabalho do árbitro. Durante as eliminatórias, Aranda apitou o jogo entre Escócia e Suécia, em Glasgow (ESC), vencido pelos escoceses por 1 a 0.
No jogo de abertura, o espanhol será acompanhado pelos auxiliares Fernando Garcia Tresaco, também da Espanha, e pelo colombiano Jorge Luís Arango Cardona. Aranda foi auxiliado por Tresaco nas quatro partidas que apitou pelas eliminatórias. Além do jogo da Escócia, eles trabalharam em Itália x Polônia, Irlanda do Norte x Alemanha e El Salvador x Jamaica.
O segundo jogo do Brasil, contra o Marrocos, no dia 16, será apitada pelo russo Nikolai Levnikov, o mesmo juiz da vitória brasileira por 3 a 0 sobre a Arábia na Copa das Confederações, em 97.



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