São Paulo, sábado, 6 de junho de 1998

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BASQUETE
Seleção feminina tenta repetir feito de 94, quando bateu americanas por 3 pontos e foi à decisão do Mundial
Brasil e EUA jogam por vaga na final

LUÍS CURRO
enviado especial a Berlim

Em uma repetição da semifinal do Mundial-94, na Austrália, Brasil e EUA decidem hoje uma vaga na decisão do Mundial de basquete feminino da Alemanha.
A partida acontece no Max-Schmeling-Halle, em Berlim, a partir das 19h (14h de Brasília).
Quatro anos atrás, em um jogo "que deu tudo certo", segundo a ala Paula, 36, a seleção brasileira derrotou as favoritas norte-americanas por 110 a 107.
Na final, o Brasil ganhou da China por 96 a 84 e conquistou seu primeiro título mundial.
Neste Mundial, a seleção brasileira conta com oito jogadoras, entre 12, campeãs em 94 -não estavam a armadora Branca, as alas-armadoras Silvinha e Claudinha e a pivô Kelly. Os EUA têm no time cinco atletas que perderam aquela semifinal.
Os comandos técnicos das equipes também mudaram. No Brasil, Antonio Carlos Barbosa substituiu Miguel Ângelo da Luz, e nos EUA, entrou Nell Fortner no lugar de Tara Vanderveer.
Após o bronze na Austrália, considerado um fracasso, os EUA iniciaram um trabalho específico para conquistar a medalha de ouro na Olimpíada de Atlanta (EUA).
Foram 52 jogos preparatórios, ainda sob o comando de Vanderveer e com Fortner como assistente, e nenhuma derrota. Na Olimpíada, os EUA também fizeram campanha invicta e, na final, se vingaram do Brasil (111 a 87), ainda treinado por Miguel Ângelo.
Após a Olimpíada, as duas seleções se enfrentaram duas vezes, ambas na Copa América do ano passado, em São Paulo.
A equipe de Barbosa, 53, venceu as duas partidas contra a de Fortner, 39, incluindo a final. "Este time é totalmente diferente, tem atletas mais talentosas", declarou a treinadora norte-americana.
Os EUA contam com cinco "olímpicas" (Lisa Leslie, Nikki McCray, Ruthie Bolton-Holifield, Jennifer Azzi e Dawn Staley). O Brasil, com nove medalhistas em Atlanta (Paula, Branca, Silvinha, Adriana, Alessandra, Leila, Cíntia Tuiú, Roseli e Janeth).
"Mas só temos três jogadoras com muito tempo de jogo como titulares na seleção: Paula, Alessandra e Janeth. As outras são inexperientes", afirmou Barbosa.
Para o treinador, que jogará zona na defesa para tentar a vitória (leia texto nesta página), o oponente é favorito, "pois tem um grupo muito bom, com muita variedade de jogadoras, todas de alto nível".
Na preliminar de Brasil x EUA, Rússia e Austrália duelam pela outra vaga na partida final.

NA TV - Brasil x EUA, ao vivo, na Bandeirantes



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