São Paulo, sábado, 06 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TÊNIS

Finalistas individuais em Wimbledon podem vencer também juntas e repetir feito comum antes da Era Aberta

Venus e Serena tentam estender domínio às duplas

DA REPORTAGEM LOCAL

A final feminina de Wimbledon, que acontece hoje, às 10h, entre Venus e Serena Williams transporta o mais tradicional torneio do tênis aos seus primórdios.
Em 1884, o primeiro título feminino ficou com Maud Watson, que derrotou sua irmã Lilian na decisão por 6/8, 6/3 e 6/3.
Mas o que para a história do torneio é novidade, para as irmãs Williams já virou rotina. Esta é a terceira final de Grand Slam que as duas disputam em dez meses.
E as filhas de Richard e Oracene podem dar mais um empurrão na onda nostálgica que cerca o tênis feminino. Ainda hoje, as duas buscam uma vaga na decisão da chave feminina de duplas contra a parceria formada pela russa Anna Kournikova e pela norte-americana Chanda Rubin.
Se conquistarem o título pela segunda vez (venceram em 2000), as irmãs Williams vão reviver um feito que era muito comum antes do profissionalismo, mas que ficou raro na Era Aberta (a partir de 1968): as finalistas individuais conquistarem o título de duplas.
O torneio de duplas femininas em Wimbledon começou a ser disputado em 1913. Em 45 edições até 1968 (entre 1915 e 1918 e entre 1940 e 1945 não houve disputa por causa das guerras), o título acabou com jogadoras que também decidiram a chave individual.
Desde então, em 34 competições, nunca mais as duas finalistas conquistaram no mesmo ano o troféu de duplas.
Nas duplas, as Williams também apresentam um desempenho avassalador parecido com o que têm quando jogam sozinhas.
Elas formam a única entre as três duplas que ainda seguem na disputa (a argentina Paola Suárez e a espanhola Virginia Ruano Pascual já estão na final) que não perderam nenhum set.
Isso apesar do acúmulo de jogos desde 24 de junho, quando começou a disputa de Wimbledon.
Enquanto elas tiveram que disputar seis partidas individuais nesse período, somente Rubin entre as duplistas conseguiu passar da segunda rodada quando jogou sozinha -caiu nas oitavas.
As Williams procuram compensar essa sobrecarga encerrando suas partidas com rapidez.
Entre as duplas, elas são as únicas que conseguiram derrotar suas adversárias, em média, com menos de uma hora por jogo.
As finalistas Pascual e Suarez levaram 51 minutos para vencer só um set nas quartas-de-final.
Com esses desempenhos, parece evidente que Serena e Venus Williams estão acima das demais.
A francesa Amelie Mauresmo, que venceu de maneira convincente Jennifer Capriati, terceira do ranking, mas caiu diante de Serena por 6/2 e 6/1, reconhece a superioridade. ""Elas estão melhores do que qualquer uma. É isso."
Mas quanto melhor do que as outras? ""Veja os placares dos jogos e você saberá por si próprio." (FERNANDO ITOKAZU)


Com agências internacionais

NA TV - Final feminina de Wimbledon, às 10h, ao vivo, na Record




Texto Anterior: Williams tentam dobrar a história de Wimbledon
Próximo Texto: Decisão vale façanhas individuais
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.