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Presidente do Peru usa torneio contra rejeição
DO ENVIADO A LIMA
Se para muitas das seleções
viajar ao Peru para a Copa
América é sinônimo de estorvo, para Alejandro Toledo, presidente peruano, o
torneio é a tábua de salvação
para o seu governo.
Amargando pífia aprovação de 8% do eleitorado, Toledo vê na competição a
chance de reverter o quadro.
Tanto isso é verdade que o
presidente fez de tudo nos
últimos meses para "grudar" no evento. Em março,
durante o sorteio dos grupos, Toledo quebrou o protocolo e invadiu o palco da
cerimônia para dizer o
quanto importante era o torneio para o povo peruano.
O político também fez exigências e ameaças aos organizadores para obter dividendos eleitorais.
Acusado de ser conivente
com a corrupção no país,
Toledo exigiu da Traffic, dona do torneio, mil lugares
em cada uma das partidas.
Os ingressos serão distribuídos para crianças pobres.
Toledo, que pressionou
para que as três sedes originais fossem inchadas para
sete, ainda ameaçou baixar
decreto para que os jogos da
seleção peruana fossem exibidos ao vivo em rede mesmo sem a compra dos direitos de transmissão. A Traffic
liberou as imagens, mas só
para o dia seguinte aos jogos
do Peru.
(FM)
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