São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2004

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Presidente do Peru usa torneio contra rejeição

DO ENVIADO A LIMA

Se para muitas das seleções viajar ao Peru para a Copa América é sinônimo de estorvo, para Alejandro Toledo, presidente peruano, o torneio é a tábua de salvação para o seu governo.
Amargando pífia aprovação de 8% do eleitorado, Toledo vê na competição a chance de reverter o quadro.
Tanto isso é verdade que o presidente fez de tudo nos últimos meses para "grudar" no evento. Em março, durante o sorteio dos grupos, Toledo quebrou o protocolo e invadiu o palco da cerimônia para dizer o quanto importante era o torneio para o povo peruano.
O político também fez exigências e ameaças aos organizadores para obter dividendos eleitorais.
Acusado de ser conivente com a corrupção no país, Toledo exigiu da Traffic, dona do torneio, mil lugares em cada uma das partidas. Os ingressos serão distribuídos para crianças pobres.
Toledo, que pressionou para que as três sedes originais fossem inchadas para sete, ainda ameaçou baixar decreto para que os jogos da seleção peruana fossem exibidos ao vivo em rede mesmo sem a compra dos direitos de transmissão. A Traffic liberou as imagens, mas só para o dia seguinte aos jogos do Peru. (FM)


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