São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006

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Após 40 anos, Copa vê final sem brasileiros

Pela 1ª vez desde 66, país fica sem vez na bola, no apito e na tribuna de honra

Eliminação de Portugal de técnico Scolari pela França põe fim a seqüência que começou em 1970 e durou até o Mundial passado


DA REPORTAGEM LOCAL

Com o gol que decretou a vitória da França sobre Portugal, Zidane completou o serviço de alijar de vez a participação de brasileiros na final da Copa do Mundo. E o feito do camisa 10 francês não é pequeno.
Graças à eliminação da seleção dirigida por Luiz Felipe Scolari, pela primeira vez nos últimos 40 anos a decisão estará totalmente desprovida de representantes do país mais vitorioso do torneio.
Nas últimas nove edições da competição mais importante do futebol, o Brasil sempre se viu envolvido no jogo decisivo.
Seja em lugar de destaque na tribuna de honra, seja em campo, ora com a bola nos pés, ora com o apito nas mãos, sempre houve brasileiros envolvidos.
A última final sem participação importante de um brasileiro foi a de 1966, na Inglaterra. Naquele ano, a seleção da casa ficou com o título, ao derrotar a Alemanha na final. O presidente da Fifa de então, Stanley Rous, também era inglês. O árbitro da decisão foi um suíço, Gottfried Dienst.
De lá para cá, entretanto, brasileiros se revezaram nesses postos nas decisões de Copa.
Em quatro edições, coube aos próprios jogadores representar o país. Em 1970, no México, Pelé, Tostão, Gérson e companhia levantaram o tri contra a Itália. O tetra veio nos EUA, em 1994, com Dunga como capitão e Romário como destaque. Na Copa-2002, na Coréia e no Japão, o Brasil estava em campo para derrotar a Alemanha e se tornar penta.
Em 1998, a seleção brasileira também esteve em campo na final, mas daquela vez para ser a vice-campeã, contra a França.
Nos anos 80, quando a seleção brasileira sucumbiu antes mesmo de chegar às semifinais, foram os árbitros que se fizeram presentes na decisão.
A final de 1982 entre Alemanha e Itália, na Espanha, foi conduzida por Arnaldo César Coelho. Quatro anos depois, foi a vez de Romualdo Arppi Filho apitar a decisão entre alemães e argentinos, no México.
Mas, durante esse período, quando o futebol falhou na tarefa de manter em campo o Brasil nas finais, foi um cartola quem representou o país.
As Copas de 1974, na Alemanha, e em 1978, na Argentina, foram as duas primeiras com João Havelange como presidente da Fifa. Em 1990, ele também foi o Brasil na final.


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