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Após 40 anos, Copa vê final sem brasileiros
Pela 1ª vez desde 66, país fica sem vez na bola, no apito e na tribuna de honra
Eliminação de Portugal de técnico Scolari pela França põe fim a seqüência que começou em 1970 e durou até o Mundial passado
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o gol que decretou a vitória da França sobre Portugal,
Zidane completou o serviço de
alijar de vez a participação de
brasileiros na final da Copa do
Mundo. E o feito do camisa 10
francês não é pequeno.
Graças à eliminação da seleção dirigida por Luiz Felipe
Scolari, pela primeira vez nos
últimos 40 anos a decisão estará totalmente desprovida de representantes do país mais vitorioso do torneio.
Nas últimas nove edições da
competição mais importante
do futebol, o Brasil sempre se
viu envolvido no jogo decisivo.
Seja em lugar de destaque na
tribuna de honra, seja em campo, ora com a bola nos pés, ora
com o apito nas mãos, sempre
houve brasileiros envolvidos.
A última final sem participação importante de um brasileiro foi a de 1966, na Inglaterra.
Naquele ano, a seleção da casa
ficou com o título, ao derrotar a
Alemanha na final. O presidente da Fifa de então, Stanley
Rous, também era inglês. O árbitro da decisão foi um suíço,
Gottfried Dienst.
De lá para cá, entretanto,
brasileiros se revezaram nesses
postos nas decisões de Copa.
Em quatro edições, coube
aos próprios jogadores representar o país. Em 1970, no México, Pelé, Tostão, Gérson e
companhia levantaram o tri
contra a Itália. O tetra veio nos
EUA, em 1994, com Dunga como capitão e Romário como
destaque. Na Copa-2002, na
Coréia e no Japão, o Brasil estava em campo para derrotar a
Alemanha e se tornar penta.
Em 1998, a seleção brasileira
também esteve em campo na final, mas daquela vez para ser a
vice-campeã, contra a França.
Nos anos 80, quando a seleção brasileira sucumbiu antes
mesmo de chegar às semifinais,
foram os árbitros que se fizeram presentes na decisão.
A final de 1982 entre Alemanha e Itália, na Espanha, foi
conduzida por Arnaldo César
Coelho. Quatro anos depois, foi
a vez de Romualdo Arppi Filho
apitar a decisão entre alemães e
argentinos, no México.
Mas, durante esse período,
quando o futebol falhou na tarefa de manter em campo o
Brasil nas finais, foi um cartola
quem representou o país.
As Copas de 1974, na Alemanha, e em 1978, na Argentina,
foram as duas primeiras com
João Havelange como presidente da Fifa. Em 1990, ele
também foi o Brasil na final.
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