São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006

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Datafolha na Copa

Jogou bonito, mas pouco

FABIO TURA
DO DATAFOLHA

Quando o treinador de Portugal, Luiz Felipe Scolari, disse que "quem jogou bonito já está em casa", ele não se referia especificamente à Costa do Marfim. Porém nenhuma seleção da Copa-06 se aproxima tanto deste perfil.
A equipe africana jogou um futebol ofensivo, mas foi eliminada logo na primeira fase. O time de Drogba terminou como líder em dribles (29,3 de média) e em finalizações (23,3). O mesmo desempenho não aconteceu no setor defensivo. É a segunda equipe que menos desarmou (112,0) e a nona em gols sofridos.
Comparando esses números com os dos campeões das últimas Copas, vemos que o equilíbrio entre defesa e ataque levou o Brasil-02 e a França-98 às suas conquistas.
No Mundial conquistado na Ásia, o Brasil teve o melhor ataque (2,57) e a segunda melhor defesa (0,57). Já a França de 98, em casa, teve o segundo melhor ataque (2,14) e a melhor defesa (0,29).
Na Copa de 2006, em que prevalecem os sistemas defensivos em detrimento dos ataques, a Costa do Marfim supera a média de dribles e finalizações dos dois últimos campeões mundiais.
Já as equipes finalistas da competição, Itália e França, só aparecem após a quarta posição entre os melhores ataques. O ponto forte é a defesa, que coloca as seleções entre as três defesas menos vazadas, atrás da Suíça.


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