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Datafolha na Copa
Jogou bonito, mas pouco
FABIO TURA
DO DATAFOLHA
Quando o treinador de Portugal, Luiz Felipe Scolari, disse que "quem jogou bonito já
está em casa", ele não se referia especificamente à Costa
do Marfim. Porém nenhuma
seleção da Copa-06 se aproxima tanto deste perfil.
A equipe africana jogou um
futebol ofensivo, mas foi eliminada logo na primeira fase.
O time de Drogba terminou
como líder em dribles (29,3
de média) e em finalizações
(23,3). O mesmo desempenho não aconteceu no setor
defensivo. É a segunda equipe
que menos desarmou (112,0)
e a nona em gols sofridos.
Comparando esses números com os dos campeões das
últimas Copas, vemos que o
equilíbrio entre defesa e ataque levou o Brasil-02 e a
França-98 às suas conquistas.
No Mundial conquistado
na Ásia, o Brasil teve o melhor
ataque (2,57) e a segunda melhor defesa (0,57). Já a França
de 98, em casa, teve o segundo
melhor ataque (2,14) e a melhor defesa (0,29).
Na Copa de 2006, em que
prevalecem os sistemas defensivos em detrimento dos
ataques, a Costa do Marfim
supera a média de dribles e finalizações dos dois últimos
campeões mundiais.
Já as equipes finalistas da
competição, Itália e França,
só aparecem após a quarta
posição entre os melhores
ataques. O ponto forte é a defesa, que coloca as seleções
entre as três defesas menos
vazadas, atrás da Suíça.
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