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Rei dos recuos, goleiro afasta "fantasma"
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO
Quando a coisa aperta, a
defesa holandesa sabe a
quem recorrer. Nenhum goleiro da Copa recebe tantos
recuos de bola quanto Maarten Stekelenburg.
O camisa 1 laranja é alvo
de 18,4 passes em média por
partida. O segundo time que
mais utiliza os recursos de jogador de linha de um goleiro
é a já eliminada Inglaterra
(13,3 recuos a cada jogo).
O dado mostra que os zagueiros holandeses, quando
pressionados pela marcação,
preferem recomeçar as jogadas a dar os tradicionais chutões para a frente. Também
revela que o time semifinalista do Mundial aprendeu a
confiar em Stekelenburg, 27.
Ao ser escolhido como titular da meta pelo técnico
Bert van Marwijk, o atleta de
1,97 m herdou uma bomba:
substituir Edwin van der Sar,
39, unanimidade no Manchester United, que deixou a
seleção após a queda nas
quartas da Eurocopa-2008.
A aposentadoria nunca foi
bem-aceita pela Holanda,
que continuou tentando convencer o veterano a voltar
atrás da decisão. Dois episódios serviram para aumentar
o clamor pelo retorno.
Stekelenburg viveu fase
delicada na temporada
2008/09, quando foi parar
no banco do Ajax. Ao mesmo
tempo, Van der Sar aceitou
jogar duas partidas pela seleção em momento emergencial nas eliminatórias. Não
sofreu gols, porém preferiu
voltar à aposentadoria.
Assim, a Holanda entrou
no Mundial com um goleiro
que seria sua segunda opção.
Mas, até agora, ele não tem
decepcionado na África.
Pelo contrário. Em cinco
partidas, foi vazado três vezes, mas duas delas foram
em cobranças de pênalti.
Contra o Brasil, Stekelenburg teve papel vital na classificação. Fez defesa improvável em chute de Kaká ainda no primeiro tempo, quando a seleção pentacampeã
mundial vencia por 1 a 0. Se a
bola entrasse, a virada seria
tarefa bem mais complicada.
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