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Na África, CBF levanta a ficha de Mano
Teixeira descarta o rigor de Dunga, mas quer renovação na seleção
EDUARDO ARRUDA
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO
Na corrida para contratar o
novo técnico da seleção, o
presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, pôs seus "cães farejadores" para achar quem
tem o perfil ideal para a vaga.
Na África do Sul, o dirigente quis saber mais sobre o
treinador do Corinthians,
Mano Menezes, considerado
um azarão na disputa.
Luiz Felipe Scolari é o nome preferido de Teixeira.
De Andres Sanchez, presidente corintiano e chefe da
delegação na Copa, o cartola
da CBF só ouviu coisas boas.
Mas, de outras pessoas do futebol, recebeu muitas notícias ruins sobre Mano.
Andres elogiou o perfil disciplinador do gaúcho e o jeito
como ergueu o time após a
queda para a Série B, em
2007. E falou que Mano é hábil com a imprensa -ao contrário de Dunga, raramente
se envolve em polêmica e
sempre atende à Globo.
Por outro lado, chegaram
à CBF as críticas feitas a Mano pela ligação com o agente
Carlos Leite e a insatisfação
de atletas com sua atitude
"arrogante", além da demissão da comissão técnica após
a Libertadores -deixou a impressão de que preparador físico e fisiologista foram os
culpados pela eliminação.
Eis outro ponto citado: a
queda na Libertadores, prioridade corintiana em 2010.
Ontem, Teixeira afirmou
que há vários treinadores
com chance: além de Mano e
Scolari, Muricy Ramalho,
Vanderlei Luxemburgo e
Leonardo. E disse que o novo
treinador tem que ser um
"meio-termo" entre o liberal
Parreira e o fechado Dunga.
"Não podemos contratar
um técnico que fique preocupado em ganhar dos EUA, no
próximo jogo, ou que pense
que seu cargo está em perigo
a cada partida", falou Teixeira ao Sportv. "Ou nós formamos uma seleção nova ou
nós formamos uma seleção
nova. Não há outra opção."
Ele quer a renovação. "Na
Copa, a Alemanha tem nove
atletas com até 23 anos, Gana, 11, Argentina, sete, Espanha, seis. Nós tivemos um."
Segundo ele, a preparação
vai exigir sacrifícios. Citou o
Pré-Olímpico de 2011, a Olimpíada de 2012 e a de 2016, a
Copa das Confederações em
2013, o Mundial-2014 e a Copa América em 2015.
Por isso, disse Teixeira, o
treinador terá de ser exclusivo da seleção. O que pode reduzir a chance de Scolari.
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