São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2010

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Na África, CBF levanta a ficha de Mano

Teixeira descarta o rigor de Dunga, mas quer renovação na seleção

EDUARDO ARRUDA
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO

Na corrida para contratar o novo técnico da seleção, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pôs seus "cães farejadores" para achar quem tem o perfil ideal para a vaga.
Na África do Sul, o dirigente quis saber mais sobre o treinador do Corinthians, Mano Menezes, considerado um azarão na disputa.
Luiz Felipe Scolari é o nome preferido de Teixeira.
De Andres Sanchez, presidente corintiano e chefe da delegação na Copa, o cartola da CBF só ouviu coisas boas. Mas, de outras pessoas do futebol, recebeu muitas notícias ruins sobre Mano.
Andres elogiou o perfil disciplinador do gaúcho e o jeito como ergueu o time após a queda para a Série B, em 2007. E falou que Mano é hábil com a imprensa -ao contrário de Dunga, raramente se envolve em polêmica e sempre atende à Globo.
Por outro lado, chegaram à CBF as críticas feitas a Mano pela ligação com o agente Carlos Leite e a insatisfação de atletas com sua atitude "arrogante", além da demissão da comissão técnica após a Libertadores -deixou a impressão de que preparador físico e fisiologista foram os culpados pela eliminação.
Eis outro ponto citado: a queda na Libertadores, prioridade corintiana em 2010.
Ontem, Teixeira afirmou que há vários treinadores com chance: além de Mano e Scolari, Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo e Leonardo. E disse que o novo treinador tem que ser um "meio-termo" entre o liberal Parreira e o fechado Dunga.
"Não podemos contratar um técnico que fique preocupado em ganhar dos EUA, no próximo jogo, ou que pense que seu cargo está em perigo a cada partida", falou Teixeira ao Sportv. "Ou nós formamos uma seleção nova ou nós formamos uma seleção nova. Não há outra opção."
Ele quer a renovação. "Na Copa, a Alemanha tem nove atletas com até 23 anos, Gana, 11, Argentina, sete, Espanha, seis. Nós tivemos um."
Segundo ele, a preparação vai exigir sacrifícios. Citou o Pré-Olímpico de 2011, a Olimpíada de 2012 e a de 2016, a Copa das Confederações em 2013, o Mundial-2014 e a Copa América em 2015.
Por isso, disse Teixeira, o treinador terá de ser exclusivo da seleção. O que pode reduzir a chance de Scolari.


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