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FUTEBOL
Com a saída de Alex, meia assume papel principal no esquema tático que o treinador armou para este semestre
Palmeiras de Roth vira Lopes e mais dez
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras do segundo semestre atua em função de Lopes, que
passou a ser seu principal atleta.
"Armamos um esquema de jogo para que ele pudesse ter essa
qualidade", afirmou o técnico
Celso Roth, em referência à atuação do meia na vitória de anteontem por 2 a 1 sobre o Bahia, pela
segunda rodada do Nacional.
Com a vitória, o Palmeiras assumiu a liderança do Nacional. ""O
Lopes, quando vem de trás, é
muito difícil de o adversário segurar", justificou o treinador.
O jogador foi o destaque da segunda vitória palmeirense no
Campeonato Brasileiro.
Ele liderou as ações da equipe,
fez um gol e acertou dois chutes
na trave em jogadas de efeito.
Para Lopes, a nova condição de
principal atleta do time, com a
saída do meia Alex, é motivo de
euforia. ""Agora, eu estou em uma
posição boa no meio, jogo bastante para frente", avaliou.
Sem Alex, o Palmeiras passou a
contar só com Lopes para armar
os lances ofensivos da equipe. O
meio-campo atual tem ainda os
volantes Fernando e Magrão.
"Eu sou o homem-surpresa.
Venho de trás e faço meus gols",
definiu o meia. ""Se não estivesse
nessa posição, estaria com mais
dificuldades, ficaria preso entre os
zagueiros", completou.
Com a boa fase, Lopes já sonha
em ter uma chance de atuar pela
seleção brasileira. ""Eu tento manter esse nível. Espero que eu tenha
a oportunidade de chegar à seleção brasileira, é o que todo jogador quer", afirmou.
O gol marcado anteontem foi o
terceiro do meia em três partidas
neste semestre. Antes (no primeiro semestre), ainda com Alex na
equipe, ele terminou a Taça Libertadores 2001 como artilheiro do
Palmeiras, com nove gols.
O treinador palmeirense não
acha que sua nova estrela seja um
substituto para Alex. ""O Lopes é
diferente, carrega mais a bola",
afirmou. Roth ainda espera a contratação de mais um meia -um
pedido seu à diretoria do clube.
No esquema tático atual, além
dos dois volantes, há Galeano,
deslocado do meio para atuar como um líbero, na sobra dos zagueiros Alexandre e Leonardo.
Apesar disso, Lopes não está liberado de ter que ajudar na marcação. Chegou a acontecer um bate-boca entre ele e o goleiro Marcos, porque o segundo reclamou
de ""jogador vagabundo", que fazia gol e achava que não precisava
mais ajudar. A reclamação do goleiro foi feita após o empate em 2 a
2 com o River Plate, no Parque
Antarctica, há dez dias, pela Mercosul. Na ocasião, o Palmeiras
vencia por 2 a 0, mas permitiu o
empate do time argentino.
Os dois atletas conversaram e
selaram uma trégua na véspera da
partida contra o Bahia.
Para Marcos, o jogo teve outro
saldo. No único gol do Bahia, ele
foi enganado pelo quique da bola.
Com isso, o goleiro se obrigou a
falar além do que gostaria depois
da partida, já que havia afirmado
que passaria a dizer apenas o básico em suas entrevistas.
"Tomei um gol que tenho de
dar explicação", justificou. "Esperava outra trajetória da bola, mas
ela quicou e foi em direção ao
meu rosto", contou.
Do saldo de sua disputa com
Lopes, Marcos se declarou satisfeito. ""Se tiver que acontecer uma
briga por semana para a gente
vencer, a gente vai brigar", afirmou.
(JOÃO CARLOS BOTELHO)
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