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Sem nada
São Paulo é ousado, mostra raça, mas é eliminado pela 5ª vez seguida na Libertadores
São Paulo 2
Alex Silva, aos 30min do 1º tempo, e
Ricardo Oliveira, aos 8min do 2º tempo
Internacional 1
Alecsandro, aos 6min do 2ºtempo
CAROLINA ARAÚJO
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
O São Paulo foi ousado
com três atacantes, abafou,
deu carrinho e contou com a
torcida atuante. Mas essa face aguerrida não foi o suficiente para eliminar um adversário superior na bola.
O time paulista venceu o
Internacional por 2 a 1, no
Morumbi, pela segunda semifinal da Libertadores. Mas
foi eliminado da competição
por ter perdido por 1 a 0, no
Beira-Rio, no primeiro jogo.
Ficou sem a final da competição a que mais dá importância e sem a vaga no Mundial de Clubes. O Chivas, do
México, adversário do Internacional na decisão, não pode disputar o torneio intercontinental porque só participa da Libertadores como
convidado. Assim, o Inter estará em Abu Dhabi.
Apesar de ter igualado o
placar das duas partidas, a
equipe são-paulina foi desclassificada por não fazer gol
fora e tomar em sua casa.
Pela quinta vez seguida, o
São Paulo foi eliminado por
um time brasileiro na competição que prioriza na temporada. Pela segunda vez, foram os colorados os algozes
da equipe paulista.
Pesou para o resultado final a postura medrosa no
Sul. Bem diferente, diga-se,
foi a apresentação são-paulina em seus domínios, como
já sinalizava até a entrada em
campo da equipe.
Rogério deu um pique em
zigue-zague a partir do túnel.
Não se uniu à roda de jogadores pré-jogo. Mas era ele que
gritava, instruía e até dava
encontrões em companheiros para incentivá-los.
Sua postura foi assumida
pelo time, que abafou o adversário até os 15 minutos.
Mas esbarrava nas limitações
ofensivas de toda sua campanha nesta Libertadores. Um
ataque que fez apenas 15 gols
em 12 partidas em 2010.
Sem ameaçar de fato o rival, o São Paulo viu sua empolgação inicial se apagar.
Restava ao São Paulo as bolas aéreas. E de longe. Hernanes tentava em cruzamentos
da intermediária.
Em um desses lances, deu
sorte. Aos 30min, ele cruzou
na área, o goleiro Renan soltou a bola para o alto, e Alex
Silva fez o gol de cabeça.
A torcida pulava de fazer
tremer o estádio, e o time terminou em vantagem. Mas
longe de ser convincente.
O cenário apertado se tornou sombrio quando a defesa falhou. Maior força da
equipe -só sofrera três gols
até ontem-, o setor deixou
espaço para Alecssando em
cobrança de falta de D'Alessandro. Aos 6min, o atacante, livre, desviou de calcanhar para vencer Rogério.
O São Paulo não se deu por
batido. Em três minutos, conseguiu o empate com Ricardo
Oliveira, em um chute cruzado certeiro após receber passe rateiro na área.
A torcida reacendia. O time lutava. Mas faltavam recursos técnicos e organização ofensiva. Nem a expulsão de Tinga ajudou.
Nem a ida desesperada do
goleiro Rogério para o ataque
-fez falta em Renan e voltou
a seu gol cabisbaixo. Era o
momento que marcava que a
vontade tinha virado só afobação, como temia o próprio
goleiro do São Paulo.
"Lutamos muito, mas não
foi o suficiente", resumiu o
volante Rodrigo Souto.
ANTES
O São Paulo
consegue pressionar o
Internacional e abre o
placar aos 30min, com
Alex Silva, em falha bisonha do goleiro Renan
DURANTE
O time gaúcho empata aos 7min,
com D'Alessandro. Aos
9min, o São Paulo volta
a ficar na frente, com gol
de Ricardo Oliveira
DEPOIS
O Inter contém
a pressão, mantém o 2 a
1 e se classifica para sua
segunda final de Libertadores. Ricardo Gomes
deve ser demitido
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