São Paulo, sexta-feira, 06 de agosto de 2010

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Sem nada

São Paulo é ousado, mostra raça, mas é eliminado pela 5ª vez seguida na Libertadores

São Paulo 2
Alex Silva, aos 30min do 1º tempo, e Ricardo Oliveira, aos 8min do 2º tempo

Internacional 1
Alecsandro, aos 6min do 2ºtempo

CAROLINA ARAÚJO
RODRIGO MATTOS

DE SÃO PAULO

O São Paulo foi ousado com três atacantes, abafou, deu carrinho e contou com a torcida atuante. Mas essa face aguerrida não foi o suficiente para eliminar um adversário superior na bola.
O time paulista venceu o Internacional por 2 a 1, no Morumbi, pela segunda semifinal da Libertadores. Mas foi eliminado da competição por ter perdido por 1 a 0, no Beira-Rio, no primeiro jogo.
Ficou sem a final da competição a que mais dá importância e sem a vaga no Mundial de Clubes. O Chivas, do México, adversário do Internacional na decisão, não pode disputar o torneio intercontinental porque só participa da Libertadores como convidado. Assim, o Inter estará em Abu Dhabi.
Apesar de ter igualado o placar das duas partidas, a equipe são-paulina foi desclassificada por não fazer gol fora e tomar em sua casa.
Pela quinta vez seguida, o São Paulo foi eliminado por um time brasileiro na competição que prioriza na temporada. Pela segunda vez, foram os colorados os algozes da equipe paulista.
Pesou para o resultado final a postura medrosa no Sul. Bem diferente, diga-se, foi a apresentação são-paulina em seus domínios, como já sinalizava até a entrada em campo da equipe.
Rogério deu um pique em zigue-zague a partir do túnel. Não se uniu à roda de jogadores pré-jogo. Mas era ele que gritava, instruía e até dava encontrões em companheiros para incentivá-los.
Sua postura foi assumida pelo time, que abafou o adversário até os 15 minutos. Mas esbarrava nas limitações ofensivas de toda sua campanha nesta Libertadores. Um ataque que fez apenas 15 gols em 12 partidas em 2010.
Sem ameaçar de fato o rival, o São Paulo viu sua empolgação inicial se apagar. Restava ao São Paulo as bolas aéreas. E de longe. Hernanes tentava em cruzamentos da intermediária.
Em um desses lances, deu sorte. Aos 30min, ele cruzou na área, o goleiro Renan soltou a bola para o alto, e Alex Silva fez o gol de cabeça.
A torcida pulava de fazer tremer o estádio, e o time terminou em vantagem. Mas longe de ser convincente.
O cenário apertado se tornou sombrio quando a defesa falhou. Maior força da equipe -só sofrera três gols até ontem-, o setor deixou espaço para Alecssando em cobrança de falta de D'Alessandro. Aos 6min, o atacante, livre, desviou de calcanhar para vencer Rogério.
O São Paulo não se deu por batido. Em três minutos, conseguiu o empate com Ricardo Oliveira, em um chute cruzado certeiro após receber passe rateiro na área.
A torcida reacendia. O time lutava. Mas faltavam recursos técnicos e organização ofensiva. Nem a expulsão de Tinga ajudou.
Nem a ida desesperada do goleiro Rogério para o ataque -fez falta em Renan e voltou a seu gol cabisbaixo. Era o momento que marcava que a vontade tinha virado só afobação, como temia o próprio goleiro do São Paulo.
"Lutamos muito, mas não foi o suficiente", resumiu o volante Rodrigo Souto.

ANTES
O São Paulo consegue pressionar o Internacional e abre o placar aos 30min, com Alex Silva, em falha bisonha do goleiro Renan

DURANTE
O time gaúcho empata aos 7min, com D'Alessandro. Aos 9min, o São Paulo volta a ficar na frente, com gol de Ricardo Oliveira

DEPOIS
O Inter contém a pressão, mantém o 2 a 1 e se classifica para sua segunda final de Libertadores. Ricardo Gomes deve ser demitido


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