São Paulo, quarta-feira, 06 de setembro de 2006

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Mulheres de Zé Roberto encaram papel de favoritas

Equipe, invicta em 9 jogos, estréia na etapa final do Grand Prix contra Rússia, única rival que não pegou na fase inicial

Campanha consolida a recuperação da seleção feminina de vôlei, 4ª em Atenas e que, desde então, levou nove títulos seguidos


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A situação ainda é pouco conhecida, talvez até desconfortável. Mas, com nove vitórias e atuações contundentes, a seleção feminina começa a se adaptar a um novo adjetivo: favorita.
É assim que o time de José Roberto Guimarães será visto pelos adversários na estréia na fase final do Grand Prix, hoje, às 12h30, diante da Rússia.
A impressionante campanha no torneio era o que faltava para consolidar a recuperação da equipe após a crise de 2002 e o amargo quarto lugar nos Jogos de Atenas, dois anos depois.
Desde então, as brasileiras não saíram do topo do pódio -nove troféus consecutivos. Com Zé Roberto desde 2003, conquistaram 11 títulos e agora buscam o sexto do Grand Prix.
A atual geração já soma mais medalhas de ouro do que aquela comandada por Bernardinho. De 1994 a 2000, o time ergueu nove taças. A equipe do atual treinador da seleção masculina, no entanto, conquistou uma prata no Mundial-94 e dois bronzes em Olimpíadas (Atlanta-96 e Sydney-00), feitos ainda não alcançados.
"Devido ao ano passado e ao Grand Prix, acredito que todos os olhos estarão voltados para a nossa seleção. Seremos o país a ser batido. Mas estamos preparadas para não deixar a peteca cair", diz a ponta Jaqueline.
Apesar de vitórias surpreendentes, como os 3 sets as 0 sobre a campeã olímpica China, alguns tropeços fizeram o time nacional ligar o sinal de alerta.
Contra a República Dominicana, um rival mais frágil, a equipe só chegou à vitória no tie-break e no sufoco. O exemplo de quem já se acostumou ao rótulo de campeão olímpico, nessas horas, salta aos olhos.
"Não podemos achar que um time vai ser mais perigoso que outro. O melhor exemplo é a Bulgária, que venceu a seleção masculina na Liga Mundial. Esta fase final será dificílima, e qualquer descuido pode nos custar meses de trabalho pesado", diz Jaqueline, noiva do atacante Murilo, campeão da Liga.
O trabalho tem sido duro. O time, que começou sem ritmo, evolui às custas de treinos demorados e até sessões de musculação após jogos cansativos.
Após encarar a Rússia, o Brasil joga contra o Japão, pelo Grupo B. Os dois mais bem colocados de cada chave vão às semifinais -estão do outro lado da tabela Itália, China e Cuba. Todos os jogos são na Itália.
"Contra a Rússia, o principal é saber como elas estão depois da mudança do técnico [assumiu o italiano Giovanni Caprara]", diz Zé Roberto, que queria pegar primeiro as européias.
A Rússia é a única equipe que o Brasil ainda não enfrentou -e derrotou- neste GP. É na estréia que o favoritismo brasileiro terá seu maior teste.


NA TV - Brasil x Rússia
Sportv, ao vivo, às 12h30

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