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Mulheres de Zé Roberto encaram papel de favoritas
Equipe, invicta em 9 jogos, estréia na etapa final do Grand Prix contra Rússia, única rival que não pegou na fase inicial
Campanha consolida a recuperação da seleção feminina de vôlei, 4ª em Atenas e que, desde então, levou nove títulos seguidos
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A situação ainda é pouco conhecida, talvez até desconfortável. Mas, com nove vitórias e
atuações contundentes, a seleção feminina começa a se adaptar a um novo adjetivo: favorita.
É assim que o time de José
Roberto Guimarães será visto
pelos adversários na estréia na
fase final do Grand Prix, hoje,
às 12h30, diante da Rússia.
A impressionante campanha
no torneio era o que faltava para consolidar a recuperação da
equipe após a crise de 2002 e o
amargo quarto lugar nos Jogos
de Atenas, dois anos depois.
Desde então, as brasileiras
não saíram do topo do pódio
-nove troféus consecutivos.
Com Zé Roberto desde 2003,
conquistaram 11 títulos e agora
buscam o sexto do Grand Prix.
A atual geração já soma mais
medalhas de ouro do que aquela comandada por Bernardinho. De 1994 a 2000, o time ergueu nove taças. A equipe do
atual treinador da seleção masculina, no entanto, conquistou
uma prata no Mundial-94 e
dois bronzes em Olimpíadas
(Atlanta-96 e Sydney-00), feitos ainda não alcançados.
"Devido ao ano passado e ao
Grand Prix, acredito que todos
os olhos estarão voltados para a
nossa seleção. Seremos o país a
ser batido. Mas estamos preparadas para não deixar a peteca
cair", diz a ponta Jaqueline.
Apesar de vitórias surpreendentes, como os 3 sets as 0 sobre a campeã olímpica China,
alguns tropeços fizeram o time
nacional ligar o sinal de alerta.
Contra a República Dominicana, um rival mais frágil, a
equipe só chegou à vitória no
tie-break e no sufoco. O exemplo de quem já se acostumou ao
rótulo de campeão olímpico,
nessas horas, salta aos olhos.
"Não podemos achar que um
time vai ser mais perigoso que
outro. O melhor exemplo é a
Bulgária, que venceu a seleção
masculina na Liga Mundial. Esta fase final será dificílima, e
qualquer descuido pode nos
custar meses de trabalho pesado", diz Jaqueline, noiva do atacante Murilo, campeão da Liga.
O trabalho tem sido duro. O
time, que começou sem ritmo,
evolui às custas de treinos demorados e até sessões de musculação após jogos cansativos.
Após encarar a Rússia, o Brasil joga contra o Japão, pelo
Grupo B. Os dois mais bem colocados de cada chave vão às semifinais -estão do outro lado
da tabela Itália, China e Cuba.
Todos os jogos são na Itália.
"Contra a Rússia, o principal
é saber como elas estão depois
da mudança do técnico [assumiu o italiano Giovanni Caprara]", diz Zé Roberto, que queria
pegar primeiro as européias.
A Rússia é a única equipe que
o Brasil ainda não enfrentou
-e derrotou- neste GP. É na
estréia que o favoritismo brasileiro terá seu maior teste.
NA TV - Brasil x Rússia
Sportv, ao vivo, às 12h30
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