São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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FIA diz ter evidências em caso de espionagem

Pivô da crise é acusado de sabotar os carros da Ferrari

DA REPORTAGEM LOCAL

A polêmica da espionagem na F-1, envolvendo Ferrari e McLaren, ganhou novos contornos e ingredientes que podem alterar os rumos do disputado campeonato mundial.
Giuseppe Tibis, promotor público de Modena, na Itália, afirmou à "Gazzetta dello Sport" que Nigel Stepney, ex-engenheiro da Ferrari, está envolvido na tentativa de sabotagem dos carros da escuderia antes do GP de Mônaco, disputado em maio passado.
Na ocasião, foi encontrado um pó branco na entrada de combustível dos carros de Felipe Massa e Kimi Raikkonen. Vestígios do mesmo elemento estavam no bolso de Stepney, que negou envolvimento.
"Existe a suspeita de que Stepney foi o responsável pela manipulação do pó que poluiu a gasolina", disse o promotor.
Stepney também está envolvido no imbróglio entre os times que surgiu há dois meses, quando Mike Coughlan, projetista-chefe da McLaren, foi surpreendido com um dossiê contendo documentos confidenciais da Ferrari. Stepney admitiu ter fornecido os dados.
Ontem, a Federação Internacional de Automobilismo anunciou ter recebido novas evidências sobre esse caso e cancelou a reunião da Corte de Apelações, marcada para o dia 13. A entidade diz que a data será usada para nova audiência do Conselho Mundial, com a presença de representantes das duas equipes. Se confirmado o uso do material obtido por Coughlan, a equipe de Woking pode sofrer desde uma multa até a exclusão do Mundial.
Na Europa, já se fala em decisão política. Só a McLaren perderia pontos, e não os pilotos, para não manchar o campeonato mais disputado desde 1999.
A McLaren lidera o Mundial de construtores com 148 pontos, 11 a mais que a Ferrari. Entre os pilotos, Lewis Hamilton está com 84 pontos, cinco à frente de Fernando Alonso.
Considerada culpada, a McLaren não foi punida na primeira audiência do conselho, gerando reclamação da Ferrari.
A pressão dos italianos fez com que Max Mosley, presidente da FIA, marcasse audiência na Corte de Apelações para esclarecer o caso. Em nota, a McLaren disse que "continuará cooperando com a FIA." A qualquer decisão cabe recurso, que só deve acontecer em outubro, próximo da última etapa, em 21 de outubro, no Brasil.


Com agências internacionais


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