São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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Clube festeja triunfo magro no Pacaembu

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Braços erguidos, o atacante Finazzi festeja com companheiros de Corinthians seu gol, o único da partida contra o América potiguar ontem à noite, no Pacaembu

Corinthians 1
América-RN 0

DA REPORTAGEM LOCAL

Após a surpreendente vitória contra o Santos no domingo, o Corinthians queria lavar a alma contra o fraco América-RN. A torcida foi ao Pacaembu, o time entrou confiante, mas o futebol foi esquecido no clássico.
Mesmo assim, jogando mal diante do pior time do Brasileiro, o clube do Parque São Jorge venceu, pelo magro placar de 1 a 0. Mas isso, para o treinador José Augusto e para os jogadores, pouco importa.
"Neste momento pelo qual estamos passando, o importante são os três pontos. Vamos ver se conseguimos mais tranqüilidade e dar um novo padrão técnico e tático à equipe", disse o efetivado Zé Augusto, em sua primeira partida como treinador, de fato, do Corinthians.
Foi a segunda vitória seguida da equipe, que chegou aos 33 pontos e subiu para a nona posição no Brasileiro.
O gol salvador, que fez a torcida deixar o estádio aliviada, saiu logo, aos 11min, após boa jogada de Nilton, que fez fila até a bola sobrar para Finazzi arrematar com um chute forte.
Não houve muito mais emoção do que isso. Na maior parte do jogo, o Corinthians pouco criou, assim como seu adversário. "Todos esperavam que o Santos fosse nos golear. Ganhamos por 2 a 0. Hoje [ontem] a torcida esperava uma goleada contra o América. Ganhamos de um só. É preferível vencer duas jogando mal do que golear em uma e perder outra", disse Finazzi, que marcou seu sétimo gol no Nacional ontem.
Ele poderia ter feito outros dois se caprichasse mais na pontaria e se o goleiro do rival não tivesse feito boa defesa em um chute cara a cara.
O volante Nilton, que ontem novamente teve boa atuação improvisado como terceiro zagueiro, já prevê vôos mais altos.
"Conseguimos reverter aquela turbulência e agora temos que mirar o G4 [grupo dos quatro que se classificam à Taça Libertadores]", falou.
Para ele e seus companheiros, não importa como foi a vitória, mas sim que o time ganhou, mesmo jogando um futebol com limitações técnicas e táticas. "Pode não ter sido das melhores partidas, mas é o que menos conta agora", declarou o volante Bruno Octávio.
O incentivo psicológico com a apertada vitória parece só não ter contagiado muito o goleiro Felipe, acostumado a reclamar quando o time não se apresenta bem. Foi o que fez ontem.
"O Corinthians, depois que fez o gol, recuou demais. E isso não pode acontecer contra um time como o América", disse.
Nos minutos finais, o rival, que faz a pior campanha da história da era dos pontos corridos, até esboçou uma pressão.
A vitória, mesmo sem empolgar, faz o técnico Zé Augusto querer repetir o mesmo esquema tático de ontem, com três zagueiros, dois volantes e três atacantes, domingo, contra o Paraná, em Curitiba.


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