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Clube festeja triunfo magro no Pacaembu
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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Braços erguidos, o atacante Finazzi festeja com companheiros de Corinthians seu gol, o único da partida contra o América potiguar ontem à noite, no Pacaembu
Corinthians 1
América-RN 0
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a surpreendente vitória
contra o Santos no domingo, o
Corinthians queria lavar a alma
contra o fraco América-RN. A
torcida foi ao Pacaembu, o time
entrou confiante, mas o futebol
foi esquecido no clássico.
Mesmo assim, jogando mal
diante do pior time do Brasileiro, o clube do Parque São Jorge
venceu, pelo magro placar de 1
a 0. Mas isso, para o treinador
José Augusto e para os jogadores, pouco importa.
"Neste momento pelo qual
estamos passando, o importante são os três pontos. Vamos ver
se conseguimos mais tranqüilidade e dar um novo padrão técnico e tático à equipe", disse o
efetivado Zé Augusto, em sua
primeira partida como treinador, de fato, do Corinthians.
Foi a segunda vitória seguida
da equipe, que chegou aos 33
pontos e subiu para a nona posição no Brasileiro.
O gol salvador, que fez a torcida deixar o estádio aliviada,
saiu logo, aos 11min, após boa
jogada de Nilton, que fez fila até
a bola sobrar para Finazzi arrematar com um chute forte.
Não houve muito mais emoção do que isso. Na maior parte
do jogo, o Corinthians pouco
criou, assim como seu adversário. "Todos esperavam que o
Santos fosse nos golear. Ganhamos por 2 a 0. Hoje [ontem] a
torcida esperava uma goleada
contra o América. Ganhamos
de um só. É preferível vencer
duas jogando mal do que golear
em uma e perder outra", disse
Finazzi, que marcou seu sétimo
gol no Nacional ontem.
Ele poderia ter feito outros
dois se caprichasse mais na
pontaria e se o goleiro do rival
não tivesse feito boa defesa em
um chute cara a cara.
O volante Nilton, que ontem
novamente teve boa atuação
improvisado como terceiro zagueiro, já prevê vôos mais altos.
"Conseguimos reverter
aquela turbulência e agora temos que mirar o G4 [grupo dos
quatro que se classificam à Taça Libertadores]", falou.
Para ele e seus companheiros, não importa como foi a vitória, mas sim que o time ganhou, mesmo jogando um futebol com limitações técnicas e
táticas. "Pode não ter sido das
melhores partidas, mas é o que
menos conta agora", declarou o
volante Bruno Octávio.
O incentivo psicológico com
a apertada vitória parece só não
ter contagiado muito o goleiro
Felipe, acostumado a reclamar
quando o time não se apresenta
bem. Foi o que fez ontem.
"O Corinthians, depois que
fez o gol, recuou demais. E isso
não pode acontecer contra um
time como o América", disse.
Nos minutos finais, o rival,
que faz a pior campanha da história da era dos pontos corridos, até esboçou uma pressão.
A vitória, mesmo sem empolgar, faz o técnico Zé Augusto
querer repetir o mesmo esquema tático de ontem, com três
zagueiros, dois volantes e três
atacantes, domingo, contra o
Paraná, em Curitiba.
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