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São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2003

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Diretoria santista e Leão proíbem badalação ao atacante William

DA REPORTAGEM LOCAL

O herói santista do clássico de anteontem contra o São Paulo não terá badalação. Essa é a ordem da diretoria e do técnico Emerson Leão para que William, 20, continue fazendo gols.
O atacante, que marcou duas vezes na vitória por 2 a 1 contra o time do Morumbi, deixou o estádio sem saber se continuará entre os titulares na próxima partida.
"O Leão, às vezes, dá uma de durão, de sargentão, de pai. Mas ele está certo mesmo. Se você der muita moral para o William, ele não funciona", diz o diretor de futebol, Francisco Lopes.
Mesmo deixando o campo como o maior responsável pelo triunfo santista no clássico, William não ouviu elogios do treinador. Pelo contrário, Leão ainda reclamou que o atacante perdeu três gols durante a partida.
"Ele [William] não fez nada mais do que a obrigação dele", disse Leão após o jogo, enquanto seu comandado era cercado por um batalhão de repórteres.
Anteontem, o técnico santista apenas continuou a estratégia de pressionar o atacante.
Há menos de um mês, o atleta havia sido criticado publicamente por Leão, mesmo tendo feito cinco gols em duas partidas. O treinador afirmou que William era "devedor" e que a camisa 9 havia sido emprestada a ele para que o jogador pudesse "pagar a dívida".
Coincidência ou não, a tática de Leão parece estar acertada. Com os dois gols marcados contra o São Paulo, William chegou a oito no Brasileiro e se igualou a Renato e ao negociado Ricardo Oliveira na artilharia da equipe.
"Tem de ser assim mesmo. Se o William não for pressionado, ele se desliga", declarou Lopes.
O atacante entendeu o recado: "Isso [os gols] é fruto de um trabalho. Ainda tenho muito a fazer".
O Santos volta a campo quarta-feira, em casa, contra o Guarani.


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