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Diretoria santista e Leão proíbem
badalação ao atacante William
DA REPORTAGEM LOCAL
O herói santista do clássico de
anteontem contra o São Paulo
não terá badalação. Essa é a ordem da diretoria e do técnico
Emerson Leão para que William,
20, continue fazendo gols.
O atacante, que marcou duas
vezes na vitória por 2 a 1 contra o
time do Morumbi, deixou o estádio sem saber se continuará entre
os titulares na próxima partida.
"O Leão, às vezes, dá uma de durão, de sargentão, de pai. Mas ele
está certo mesmo. Se você der
muita moral para o William, ele
não funciona", diz o diretor de futebol, Francisco Lopes.
Mesmo deixando o campo como o maior responsável pelo
triunfo santista no clássico, William não ouviu elogios do treinador. Pelo contrário, Leão ainda reclamou que o atacante perdeu três
gols durante a partida.
"Ele [William] não fez nada
mais do que a obrigação dele",
disse Leão após o jogo, enquanto
seu comandado era cercado por
um batalhão de repórteres.
Anteontem, o técnico santista
apenas continuou a estratégia de
pressionar o atacante.
Há menos de um mês, o atleta
havia sido criticado publicamente
por Leão, mesmo tendo feito cinco gols em duas partidas. O treinador afirmou que William era
"devedor" e que a camisa 9 havia
sido emprestada a ele para que o
jogador pudesse "pagar a dívida".
Coincidência ou não, a tática de
Leão parece estar acertada. Com
os dois gols marcados contra o
São Paulo, William chegou a oito
no Brasileiro e se igualou a Renato
e ao negociado Ricardo Oliveira
na artilharia da equipe.
"Tem de ser assim mesmo. Se o
William não for pressionado, ele
se desliga", declarou Lopes.
O atacante entendeu o recado:
"Isso [os gols] é fruto de um trabalho. Ainda tenho muito a fazer".
O Santos volta a campo quarta-feira, em casa, contra o Guarani.
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