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São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2003

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VÔLEI

Os convidados

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Quem gosta de vôlei deve estar achando estranho: a Rússia está fora do torneio masculino e do feminino da Copa do Mundo, em novembro, no Japão. As duas seleções não se classificaram na quadra nem foram beneficiadas com o convite da Federação Internacional (FIVB) para disputar a competição.
Os dirigentes da FIVB usaram critérios políticos e diferentes para definir os convidados. No masculino, os escolhidos foram Sérvia e Montenegro e Egito. O primeiro foi chamado por ser o atual campeão olímpico. O segundo, para dar uma força ao vôlei africano, que aliás já tinha um representante: a Tunísia.
No feminino, foram convidadas Itália e República Dominicana. As italianas, você sabe, são as atuais campeãs mundiais. A "forcinha" foi para as dominicanas, terceiras colocadas no Campeonato da América do Norte e Central e campeãs pan-americanas. Desta vez, não houve preocupação com o vôlei da África.
Resultado: com critérios diferentes, a consequência foi a mesma. A qualidade técnica da Copa do Mundo ficou em segundo plano. O torneio masculino, por exemplo, terá duas seleções africanas e não contará com a participação da Rússia, atual vice-campeã mundial e olímpica.
No feminino, a disputa também perde -e muito- sem a presença das russas, atuais vice-campeãs olímpicas. A Rússia não conseguiu se classificar porque acabou em quinto lugar no Campeonato Europeu. A má campanha foi atribuída a um vírus que atingiu algumas estrelas do time, entre elas Gamova e Artamonova.
Para se ter uma idéia, das 12 participantes, só quatro devem lutar mesmo pelas três vagas que estão em disputa para os Jogos de Atenas: Brasil, China, EUA e Itália. Vale lembrar que as italianas são um enigma. A equipe anda muito irregular e acabou em sexto lugar no Europeu.
Das outras seleções, Cuba e Coréia do Sul são do grupo intermediário e podem dar algum trabalho às favoritas. As outras equipes são de segunda linha: Japão, Argentina, Egito, República Dominicana, Polônia e Turquia. No último Mundial, a mais bem colocada de todas foi a República Dominicana, em 13º lugar.
No masculino, não há mistério. Brasil, Itália e Sérvia e Montenegro devem se classificar. França, bronze no último Mundial, e EUA, reforçados pelo levantador Lloy Ball, podem até surpreender. Os outros são coadjuvantes: Coréia, Japão, Venezuela, China, Canadá, Egito e Tunísia.
O lado bom da história é que o cenário facilita a classificação brasileira em um torneio cansativo: serão 11 jogos em 15 dias. O problema é que a seleção feminina vai estrear contra a poderosa China, uma rival que, além de tudo, não sofrerá com o fuso horário, já que o torneio será no Japão.
Como serão três vagas em jogo, o time poderá sofrer até duas derrotas e ficar sossegado. Mas a seleção feminina, comandada por José Roberto Guimarães, já está dando os primeiros sinais do que é capaz: foram três vitórias na série de quatro amistosos contra os EUA encerrada no sábado.

Italiano
O Cuneo, do brasileiro Giba, levou a melhor sobre o Modena, do atacante Dante, na terceira rodada do Campeonato Italiano. A vitória foi por 3 sets a 0 (25/23, 25/22 e 25/20). Giba, com 15 pontos assinalados, foi eleito o melhor jogador da partida. O Cuneo está invicto na competição. O Modena, que conta também com italiano Giani, o russo Iakovlev e o levantador norte-americano Lloy Ball, soma uma vitória e duas derrotas.

Reforço
A atacante Jaqueline deve reforçar o BCN/Osasco nas finais do Campeonato Paulista, no início de novembro. A atleta, que sofreu duas sérias cirurgias no joelho, está afastada das quadras desde março. Ela já está treinando com o time, mas fazendo apenas fundo de quadra.

E-mail cidasan@uol.com.br


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