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Adversário de Popó diz que baiano "amarelou"
Promotores de brasileiro e mexicano
haviam acertado combate para janeiro
Diaz afirma que, após surra para Corrales, baiano não queria mais saber de lutas duras e que foi esse o motivo para ele ter se aposentado
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
A aposentadoria de Popó deixou insatisfeito Julio Diaz,
campeão interino dos leves pela Federação Internacional de
Boxe, que tinha combate previsto com Popó para janeiro.
O mexicano disse que foi um
dos motivos da aposentadoria
do brasileiro, ao afirmar que o
brasileiro amarelou por ""não
querer mais pegar lutas duras".
"Ele apanhou muito do Diego Corrales, então não quer
mais fazer esse tipo de luta. No
começo de sua carreira ele era
um "valentão", batia em todo
mundo aí no Brasil, mas não
sou o tipo de lutador a que estava acostumado", afirmou Diaz
à Folha ontem à noite, depois
da oficialização nos EUA da
aposentadoria do brasileiro.
""Essa seria uma luta perigosa
para ele, e Freitas se aposentou
porque não queria mais fazer
lutas duras", concluiu Diaz,
que funcionou como sparring
de Popó quando o baiano se
preparava para enfrentar o cubano Joel Casamayor em janeiro de 2002. ""Foi uma surpresa
e um desapontamento, mas
não posso colocá-lo no ringue."
Procurado pela reportagem,
Popó não respondeu recado
deixado no telefone que indicou para receber ligações. Anteontem, porém, dissera que
nenhuma luta acrescentaria
para seu legado, fora uma eventual revanche com Corrales.
O duelo entre Popó, campeão pela Organização Mundial de Boxe, e Diaz já estava
acertado entre os promotores
de ambos, Arthur Pelullo e
Scott Woodworth. Na última
semana um representante da
Banner Promotions, Stephen
Stim, esteve no Brasil para tentar viabilizar a luta no país.
Popó alega que não havia dito ""sim" à unificação. Pelullo
afirmou ter ficado surpreso
com o anúncio anteontem da
aposentadoria do brasileiro
-foi informado oficialmente
apenas ontem à tarde.
Como havia recebido sinalizações contraditórias sobre a
decisão de Popó, Pelullo esperou ouvir a confirmação do
próprio lutador, por meio de
um intérprete, para emitir comunicado nos EUA. ""Estivemos juntos por nove anos desde o [torneio internacional]
Boxcino em 97. A parceria foi
muito produtiva, não poderia
estar mais orgulhoso dele."
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