São Paulo, sexta-feira, 06 de outubro de 2006

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Adversário de Popó diz que baiano "amarelou"

Promotores de brasileiro e mexicano haviam acertado combate para janeiro

Diaz afirma que, após surra para Corrales, baiano não queria mais saber de lutas duras e que foi esse o motivo para ele ter se aposentado

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

A aposentadoria de Popó deixou insatisfeito Julio Diaz, campeão interino dos leves pela Federação Internacional de Boxe, que tinha combate previsto com Popó para janeiro.
O mexicano disse que foi um dos motivos da aposentadoria do brasileiro, ao afirmar que o brasileiro amarelou por ""não querer mais pegar lutas duras".
"Ele apanhou muito do Diego Corrales, então não quer mais fazer esse tipo de luta. No começo de sua carreira ele era um "valentão", batia em todo mundo aí no Brasil, mas não sou o tipo de lutador a que estava acostumado", afirmou Diaz à Folha ontem à noite, depois da oficialização nos EUA da aposentadoria do brasileiro.
""Essa seria uma luta perigosa para ele, e Freitas se aposentou porque não queria mais fazer lutas duras", concluiu Diaz, que funcionou como sparring de Popó quando o baiano se preparava para enfrentar o cubano Joel Casamayor em janeiro de 2002. ""Foi uma surpresa e um desapontamento, mas não posso colocá-lo no ringue."
Procurado pela reportagem, Popó não respondeu recado deixado no telefone que indicou para receber ligações. Anteontem, porém, dissera que nenhuma luta acrescentaria para seu legado, fora uma eventual revanche com Corrales.
O duelo entre Popó, campeão pela Organização Mundial de Boxe, e Diaz já estava acertado entre os promotores de ambos, Arthur Pelullo e Scott Woodworth. Na última semana um representante da Banner Promotions, Stephen Stim, esteve no Brasil para tentar viabilizar a luta no país.
Popó alega que não havia dito ""sim" à unificação. Pelullo afirmou ter ficado surpreso com o anúncio anteontem da aposentadoria do brasileiro -foi informado oficialmente apenas ontem à tarde.
Como havia recebido sinalizações contraditórias sobre a decisão de Popó, Pelullo esperou ouvir a confirmação do próprio lutador, por meio de um intérprete, para emitir comunicado nos EUA. ""Estivemos juntos por nove anos desde o [torneio internacional] Boxcino em 97. A parceria foi muito produtiva, não poderia estar mais orgulhoso dele."


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