São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2007

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Palmeiras revê tempos de final

Busca por Libertadores relembra época de Scolari e Luxemburgo e resgata rivalidade com Grêmio

Um ponto atrás de gaúchos, time alviverde afirma que pegada deve ser tônica do jogo, e Caio Jr. pede apoio da torcida para pressionar rival

RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um confronto com gosto de nostalgia e sabor de decisão. Diferentemente dos últimos anos, quando passaram despercebidos e apenas cumpriram tabela em seus duelos, Palmeiras e Grêmio fazem hoje, às 18h10, no Parque Antarctica uma volta no tempo.
Em disputa no campo de jogo, está a corrida por uma vaga no G4 -zona que credencia à disputa da Libertadores-2008.
Na classificação, a luta é acirrada. Um ponto separa o Palmeiras (47) do Grêmio (48), que está na posição limite -quarto lugar- para quem quer disputar o mais nobre torneio sul-americano de clubes.
"No período do Luxemburgo e do Felipão, foi bacana. Palmeiras x Grêmio virou um clássico de dimensão nacional. Tomara que eu faça parte de uma nova fase vencedora", diz o técnico Caio Jr., que destacou a importância da torcida.
"É jogo para lotar o estádio e pressionar o adversário. A torcida ajuda muito empurrando a equipe em momentos importantes. Todos sabem a importância de estar numa Libertadores", falou o técnico.
Longe dos tempos em que apresentava a seus torcedores atletas do nível de Djalminha, Rivaldo e Luizão, os atuais jogadores palmeirenses dizem que esse jogo tem tudo para reacender a rivalidade antiga.
"Lembro muito da partida em que o Válber e o Dinho brigaram no Olimpico [Grêmio venceu por 5 x 0 pela Libertadores de 95]. Hoje essa rivalidade está mais fria e acho até que o Grêmio tem uma equipe mais experiente que a nossa", disse o lateral-direito Paulo Sérgio.
Ciente do clima de decisão para as duas equipes na luta pelo G4, o próprio lateral afirma o que esperar da partida.
"O Grêmio marca muito forte, e o torcedor vai ter de ficar tranqüilo. Vai ser um jogo estudado", completou.
Para o volante Makelele, a rivalidade de antes vai ser refletida na forma de as equipes atuarem. "Não acredito em violência, mas são dois times que marcam muito em cima", disse.
Além de necessitar da vitória, o Palmeiras luta contra um fator a mais: o seu estádio.
Diante do Náutico, os torcedores chegaram a temer pela sorte do time quando os pernambucanos foram para o intervalo com o 1 a 0 a seu favor.
A vitória veio somente no segundo tempo, com dois gols do meia Caio. "Teremos agora só decisões daqui para a frente. E, se quisermos chegar a algum lugar, vamos ter de vencer os nossos jogos dentro de casa", afirmou Makelele, que retorna ao time depois de ter cumprido suspensão automática.
Para a partida, que vai ter como ponto forte a marcação, Caio Jr. não vai poder contar com o seu principal atleta nesse fundamento. O volante Pierre recebeu o terceiro amarelo contra o Náutico. Martinez, que se recupera de contusão no nariz, segue de fora.
Assim, o meio vai ter Wendel e Makelele como dupla de volantes e a provável escalação de Vinícius para auxiliar a marcação neste setor. Na frente, Caio e Rodrigão comandam o ataque com o apoio de Valdivia.


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