|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Palmeiras revê tempos de final
Busca por Libertadores relembra época de Scolari e Luxemburgo e resgata rivalidade com Grêmio
Um ponto atrás de gaúchos, time alviverde afirma que pegada deve ser tônica do jogo, e Caio Jr. pede apoio da torcida para pressionar rival
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um confronto com gosto de
nostalgia e sabor de decisão. Diferentemente dos últimos
anos, quando passaram despercebidos e apenas cumpriram
tabela em seus duelos, Palmeiras e Grêmio fazem hoje, às
18h10, no Parque Antarctica
uma volta no tempo.
Em disputa no campo de jogo, está a corrida por uma vaga
no G4 -zona que credencia à
disputa da Libertadores-2008.
Na classificação, a luta é acirrada. Um ponto separa o Palmeiras (47) do Grêmio (48),
que está na posição limite
-quarto lugar- para quem
quer disputar o mais nobre torneio sul-americano de clubes.
"No período do Luxemburgo
e do Felipão, foi bacana. Palmeiras x Grêmio virou um clássico de dimensão nacional. Tomara que eu faça parte de uma nova fase vencedora", diz o técnico Caio Jr., que destacou a
importância da torcida.
"É jogo para lotar o estádio e
pressionar o adversário. A torcida ajuda muito empurrando a
equipe em momentos importantes. Todos sabem a importância de estar numa Libertadores", falou o técnico.
Longe dos tempos em que
apresentava a seus torcedores
atletas do nível de Djalminha,
Rivaldo e Luizão, os atuais jogadores palmeirenses dizem que
esse jogo tem tudo para reacender a rivalidade antiga.
"Lembro muito da partida
em que o Válber e o Dinho brigaram no Olimpico [Grêmio
venceu por 5 x 0 pela Libertadores de 95]. Hoje essa rivalidade está mais fria e acho até que
o Grêmio tem uma equipe mais
experiente que a nossa", disse o
lateral-direito Paulo Sérgio.
Ciente do clima de decisão
para as duas equipes na luta pelo G4, o próprio lateral afirma o
que esperar da partida.
"O Grêmio marca muito forte, e o torcedor vai ter de ficar
tranqüilo. Vai ser um jogo estudado", completou.
Para o volante Makelele, a rivalidade de antes vai ser refletida na forma de as equipes atuarem. "Não acredito em violência, mas são dois times que
marcam muito em cima", disse.
Além de necessitar da vitória,
o Palmeiras luta contra um fator a mais: o seu estádio.
Diante do Náutico, os torcedores chegaram a temer pela
sorte do time quando os pernambucanos foram para o intervalo com o 1 a 0 a seu favor.
A vitória veio somente no segundo tempo, com dois gols do
meia Caio. "Teremos agora só
decisões daqui para a frente. E,
se quisermos chegar a algum
lugar, vamos ter de vencer os
nossos jogos dentro de casa",
afirmou Makelele, que retorna
ao time depois de ter cumprido
suspensão automática.
Para a partida, que vai ter como ponto forte a marcação,
Caio Jr. não vai poder contar
com o seu principal atleta nesse
fundamento. O volante Pierre
recebeu o terceiro amarelo
contra o Náutico. Martinez,
que se recupera de contusão no
nariz, segue de fora.
Assim, o meio vai ter Wendel
e Makelele como dupla de volantes e a provável escalação de
Vinícius para auxiliar a marcação neste setor. Na frente, Caio
e Rodrigão comandam o ataque
com o apoio de Valdivia.
Texto Anterior: Rodrigo Bueno: A derrocada do Milan Próximo Texto: Dúvida: Diego machuca a perna em rachão Índice
|