São Paulo, segunda-feira, 06 de novembro de 2006

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Na reestréia de Picerni, Palmeiras cai no Sul

Derrotas de Ponte Preta e Flu safam time de ir à zona de rebaixamento

Paraná 4
Palmeiras 2

DA REPORTAGEM LOCAL

A segunda passagem de Jair Picerni no Palmeiras começou de maneira parecida como a primeira havia terminado: num jogo de muitos gols, mas com o resultado ruim para o time do Parque Antarctica.
Na reestréia do treinador o clube perdeu para o Paraná por 4 a 2. A demissão de Picerni em 2004 ocorrera após um 4 a 4 com o Santo André, que custou a eliminação na Copa do Brasil.
Mas se daquela vez os palmeirenses se sentiam frustrados por desperdiçar a chance de chegar a um título, agora a sensação é outra: temor pela queda à Série B.
O Palmeiras fecha a 33ª rodada do Nacional na 15ª posição, estacionado nos 37 pontos -apenas três a mais que a Ponte Preta, o primeiro time no grupo dos quatro últimos. Isso graças às derrotas do time de Campinas e do Fluminense.
Picerni escalou o Palmeiras como nos velhos tempos. Com dois zagueiros e com Alceu fazendo o papel do volante recuado. Juninho, diferentemente do que vinha fazendo, atuou mais pela esquerda do campo. Pelo outro lado, o ala Amaral tinha o apoio de Wendel.
Mas o posicionamento palmeirense, sobretudo o da zaga, que jogava adiantada, quase na intermediária, dava espaço para o Paraná tentar bolas enfiadas com a infiltração de um de seus meias. O time da casa por pouco não saiu na frente dessa maneira. Só parou nas três defesas feitas por Marcos nos pés dos jogadores paranistas.
Depois dos sustos, a defesa do Palmeiras acertou o posicionamento. Com isso, os alas passaram a subir mais.
E foi assim que, aos 24min Amaral foi quase à linha de fundo e cruzou a bola a meia altura para Juninho dominar na marca do pênalti e bater de esquerda: 1 a 0 Palmeiras.
O gol deu à equipe visitante espaços para atuar no contragolpe. O Paraná mudou o esquema de jogo -o técnico Caio Júnior tirou um zagueiro para colocar um meio-campista- mas não conseguia exercer a pressão que desejava.
A etapa inicial, porém, acabou empatada. Num lance semelhante ao do gol palmeirense, o meia Sandro marcou.
A desatenção de sua zaga deixou Juninho irritado. "O primeiro tempo já acabou e a gente toma o gol", reclamou.
Ele não sabia que desatenção seria justamente o grande problema do time no segundo tempo. Nos três gols que o Palmeiras sofreu na etapa final -todos depois de ter conseguido saltar de novo à frente, em cobrança de pênalti de Edmundo, aos 6min- as falhas na marcação foram determinantes.
O primeiro a falhar foi Marcos. Justo ele, que até aquele momento salvara a equipe em pelo menos quatro ataques do Paraná. Ao ver que Cristiano invadir a área, o goleiro tentou cortar a bola com os pés, mas seu chute passou em branco, e o atacante paranista ficou livre para tocar a bola para a rede.
Depois foi o trio de zagueiros que vacilou. Tanto no gol de Gustavo, aos 22min, como no de Sandro, que fechou o marcador, o Paraná conseguiu fazer linha de passes de cabeça dentro da área palmeirense.


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