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Na reestréia de Picerni, Palmeiras cai no Sul
Derrotas de Ponte Preta e Flu safam time de ir à zona de rebaixamento
Paraná 4
Palmeiras 2
DA REPORTAGEM LOCAL
A segunda passagem de Jair
Picerni no Palmeiras começou
de maneira parecida como a
primeira havia terminado: num
jogo de muitos gols, mas com o
resultado ruim para o time do
Parque Antarctica.
Na reestréia do treinador o
clube perdeu para o Paraná por
4 a 2. A demissão de Picerni em
2004 ocorrera após um 4 a 4
com o Santo André, que custou
a eliminação na Copa do Brasil.
Mas se daquela vez os palmeirenses se sentiam frustrados por desperdiçar a chance
de chegar a um título, agora a
sensação é outra: temor pela
queda à Série B.
O Palmeiras fecha a 33ª rodada do Nacional na 15ª posição,
estacionado nos 37 pontos
-apenas três a mais que a Ponte Preta, o primeiro time no
grupo dos quatro últimos. Isso
graças às derrotas do time de
Campinas e do Fluminense.
Picerni escalou o Palmeiras
como nos velhos tempos. Com
dois zagueiros e com Alceu fazendo o papel do volante recuado. Juninho, diferentemente
do que vinha fazendo, atuou
mais pela esquerda do campo.
Pelo outro lado, o ala Amaral tinha o apoio de Wendel.
Mas o posicionamento palmeirense, sobretudo o da zaga,
que jogava adiantada, quase na
intermediária, dava espaço para o Paraná tentar bolas enfiadas com a infiltração de um de
seus meias. O time da casa por
pouco não saiu na frente dessa
maneira. Só parou nas três defesas feitas por Marcos nos pés
dos jogadores paranistas.
Depois dos sustos, a defesa
do Palmeiras acertou o posicionamento. Com isso, os alas passaram a subir mais.
E foi assim que, aos 24min
Amaral foi quase à linha de fundo e cruzou a bola a meia altura
para Juninho dominar na marca do pênalti e bater de esquerda: 1 a 0 Palmeiras.
O gol deu à equipe visitante
espaços para atuar no contragolpe. O Paraná mudou o esquema de jogo -o técnico Caio
Júnior tirou um zagueiro para
colocar um meio-campista-
mas não conseguia exercer a
pressão que desejava.
A etapa inicial, porém, acabou empatada. Num lance semelhante ao do gol palmeirense, o meia Sandro marcou.
A desatenção de sua zaga deixou Juninho irritado. "O primeiro tempo já acabou e a gente toma o gol", reclamou.
Ele não sabia que desatenção
seria justamente o grande problema do time no segundo tempo. Nos três gols que o Palmeiras sofreu na etapa final -todos
depois de ter conseguido saltar
de novo à frente, em cobrança
de pênalti de Edmundo, aos
6min- as falhas na marcação
foram determinantes.
O primeiro a falhar foi Marcos. Justo ele, que até aquele
momento salvara a equipe em
pelo menos quatro ataques do
Paraná. Ao ver que Cristiano
invadir a área, o goleiro tentou
cortar a bola com os pés, mas
seu chute passou em branco, e
o atacante paranista ficou livre
para tocar a bola para a rede.
Depois foi o trio de zagueiros
que vacilou. Tanto no gol de
Gustavo, aos 22min, como no
de Sandro, que fechou o marcador, o Paraná conseguiu fazer
linha de passes de cabeça dentro da área palmeirense.
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