DA REPORTAGEM LOCAL

Vanderlei Cordeiro de Lima, 39, que anunciou sua aposentadoria, prosseguirá desempenhando um papel dentro e fora das corridas, segundo seu patrocinador, a BM&FBovespa, possivelmente como um ""orientador".
""Por conta de sua experiência no mundo das corridas de rua, pode ser uma espécie de orientador para outros atletas", disse José David Martins Jr., diretor administrativo da Bolsa.
""Temos o mais profundo respeito por ele aqui, pois o Vanderlei é ímpar na idoneidade e como atleta, então também queremos que ele seja uma espécie de patrono do clube."
Uma outra função que Vanderlei poderá desempenhar é a de participar de corridas, porém não com o objetivo de ganhar. Ele se transformaria numa espécie de atração especial.
""Olha, mas as possibilidades estão em aberto.
Precisamos ainda sentar e conversar com ele, não sabemos ainda quais são seus planos pessoais", argumenta Martins Jr. O corredor brasileiro ganhou notoriedade internacional após os Jogos Olímpicos de 2004, quando liderava com folga a maratona e foi arrastado para fora do percurso por um irlandês vestido com roupas típicas.
Socorrido Por um torcedor grego, o atleta, que no passado foi bóia fria, se libertou e continuar a corrida. Mesmo assim, Vanderlei perdeu o ritmo e terminou a prova em terceiro. Foi mais aplaudido ao fim da prova do que o próprio vencedor da prova. Recebeu do COI a medalha Barão de Cobertain, maior premiação do esporte.
Neste ano, por conta de uma contusão, não participou dos Jogos Olímpicos de Pequim.
O fundista será homenageado ainda pelos organizadores da São Silvestre. ""Com certeza, haverá alguma coisa, por tudo o que o Vanderlei representou ao atletismo brasileiro", prometeu Júlio Deodoro, organizador da tradicional corrida de rua. ""Ainda estamos estudando o que faremos." (EO)