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Motor reativa o pesadelo de Alonso
F-1
Confiabilidade de propulsor atormenta líder desde início do ano
TATIANA CUNHA
DE SÃO PAULO
Faltava um minuto para o
fim da primeira sessão de
treinos livres do GP Brasil
quando Fernando Alonso estacionou sua Ferrari na grama com o motor estourado.
A escuderia italiana apressou-se em dizer que uma troca já estava prevista para o
fim do treino, mas o fato trouxe à tona um problema que
atormentou Alonso desde o
começo desta temporada.
A partir de 2010, pelo regulamento da F-1, cada piloto
pode usar no máximo oito
motores por ano, sendo que
eles podem ser alternados.
Uma troca extra significa a
perda de dez postos no grid.
Em São Paulo, onde hoje,
às 14h, acontece o treino de
classificação para a penúltima etapa do Mundial, os cinco pilotos que ainda lutam
pelo título de 2010 estarão
com o oitavo propulsor.
O problema para Alonso,
único que pode se sagrar
campeão já amanhã, é que
seus motores têm mais milhagem que os dos rivais.
"Na verdade, foi até bom
que isso aconteceu hoje [ontem], porque significa que
não vai mais acontecer neste
final de semana", tentou descontrair o piloto espanhol.
"Sabíamos que este motor
estava no limite e agora vamos prestar atenção, pois, a
qualquer sinal, podemos ser
mais cuidadosos", disse ele.
Os infortúnios do ferrarista com os propulsores começaram logo na primeira etapa
do ano, no Bahrein. A Ferrari
optou por trocar os propulsores de Alonso e Felipe Massa,
apenas por precaução. Na
corrida seguinte, na Austrália, mais uma mudança.
E, na Malásia, novo susto.
O espanhol teve de abandonar a duas voltas do fim com
o motor do carro estourado.
Na mesma corrida, os dois
pilotos da Sauber, que utiliza
os propulsores de Maranello,
também tiveram problemas.
Tantas quebras fizeram a
Ferrari realizar uma grande
investigação e solicitar à FIA
uma mudança nos motores.
A equipe argumentou que
um problema no desenho
dos propulsores estava causando tantas quebras. A entidade que comanda o esporte
autorizou, e o time executou
as mudanças necessárias.
A questão é que, apesar da
alteração e da aparente solução do problema, o espanhol
começou a fazer antes o rodízio para o ano todo.
Levando-se em conta que
cada piloto pode utilizar até
oito unidades nas 19 corridas
do ano, cada uma tem de durar, em média, 2.100 km.
"A diferença de um motor
usado uma ou duas vezes é
de alguns centésimos. De um
novo para um usado, um décimo. Mas nossa preocupação é confiabilidade, e não
performance", disse Alonso.
Apesar de a Ferrari não
confirmar, ele deve ter um
propulsor bastante usado
NA TV
Classificação do GP Brasil
14h Globo
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