São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

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NY vê estreia do mais rápido da história

MARATONA Queniano Geoffrey Mutai, cujo recorde em Boston não foi reconhecido em abril, é favorito hoje

RODOLFO LUCENA
COLUNISTA DA FOLHA

A Maratona de Nova York larga hoje com expectativa de quebra de recorde. Não é para menos. Liderando um pelotão de supervelozes corredores, estará o maratonista mais rápido da história, o queniano Geoffrey Mutai, 30, que venceu a Maratona de Boston, em abril passado, com a marca de 2h03min02s.
Apesar de quase um minuto mais veloz que o recorde de então -2h03min59s, de Haile Gebrselassie-, o tempo não foi referendado pela Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) porque o percurso não atende a exigências técnicas da entidade.
De abril para cá, a marca do etíope acabou sendo derrubada, mas ainda com um tempo pior do que o estabelecido por Mutai: seu compatriota Patrick Makau venceu em Berlim com 2h03min38.
"Continuo lutando para ser recordista mundial", declarou Mutai em entrevista concedida anteontem.
Mesmo que isso não aconteça em Nova York, o queniano espera fazer uma boa apresentação na maior maratona do mundo, que deve reunir hoje mais de 45 mil participantes, com largada prevista para as 10h40 (de Brasília).
"Estou treinando há meses, totalmente focado nesta corrida", disse o queniano.
Se não vier o recorde mundial, é bem possível que seja estabelecida hoje a nova melhor marca em Nova York.
Além de Mutai, o pelotão de elite tem outros cinco corredores que já fizeram tempos mais baixos do que o cravado pelo etíope Tesfaye Jifar em 2001 -2h07min43s, a marca a ser batida.
Desta vez, o brasileiro Marilson Gomes dos Santos não estará entre os candidatos ao prêmio de US$ 130 mil concedido ao vencedor.
Em busca do índice para se classificar para a Olimpíada do ano que vem, em Londres, o brasileiro correu a Maratona de Chicago, no mês passado. Teve um mal-estar e não conseguiu ir até o final.
Adauto Domingues, seu treinador, disse à Folha que Marilson deverá buscar o índice na Maratona de Londres, em abril próximo. De qualquer forma, o brasileiro já está na história da prova: é um dos oito homens que venceram mais de uma vez a maratona nova-iorquina.
No feminino, a expectativa também é de uma prova rápida. A atual campeã, Edna Kiplagat, não vai defender seu título por causa de uma lesão sofrida durante o Mundial de atletismo, na Coreia do Sul, em agosto último.
Mas outras quenianas defenderão as cores do país, como Mary Keitani, vencedora da Maratona de Londres com o melhor tempo do mundo nesta temporada (2h19min19s), e Caroline Kilele, campeã em Boston.
Além delas, outras quatro corredoras têm no currículo maratonas em menos de 2h24min -as russas Inga Abitova e Galina Bogomolova, a sueca Isabellah Andersson e Buzunesh Deba, da Etiópia.
Deba, que vive e treina no bairro nova-iorquino do Bronx, vem recebendo grande atenção da mídia local.
Se vencer hoje, será a primeira vez desde 1976 que a prova terá uma campeã que é moradora da cidade.

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