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Sem Rogério, time ganha outros líderes
DA REPORTAGEM LOCAL
Rogério continua "rei" e
"patrão" no São Paulo. Entretanto, neste ano, devido
à fratura no tornozelo que
o deixou quatro meses fora de campo, ganhou novas companhias na função
de comandar a equipe.
Emergentes, Miranda e
André Dias se tornaram
novas referências no gramado e intermediários entre jogadores -principalmente os mais jovens- e
comissão técnica.
Mas resistem em assumir funções "exclusivas"
de Rogério, porta-voz do
elenco perante a diretoria
e responsável por proferir
a fala final antes dos jogos.
"Eu me sinto líder em
campo, orientando os
companheiros", explica
Miranda. "Mas nosso único porta-voz é o Rogério."
Pelo jeito contido, o zagueiro é elogiado por Ricardo Gomes. "Nunca vi
um jogador equilibrado
como o Miranda. Já o André é emocional. Ainda
sente muito quando algo
dá errado", disse o técnico.
"Às vezes até extrapolo.
O Hugo que o diga", brinca
André Dias, sobre a discussão, com direito a tapas, que teve com o meia.
Mas foi assim que se tornou conselheiro dos garotos do elenco. Hoje, também atua como um "vice-
-porta-voz" para negociar
demandas dos jogadores,
como folgas ou troca no
horário dos treinos.
"Tem jogador que vê o
Rogério como um rei, alguém inatingível. Aí preferem conversar comigo ou
com o Miranda. Se achamos que é algo para o Rogério, falamos com ele",
afirmou o beque, que diz
ser chamado de "capita
imediato" pelos colegas.
Mas quem manda é
mesmo o "rei", que não
perdeu prestígio nem na
época da lesão, quando via
jogos na tribuna do Morumbi. "É uma questão de
hierarquia, e sei me pôr no
meu lugar. Não é porque o
Rogério estava de muleta
que deixava de ser patrão",
diz André Dias.
(CA)
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