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Brasileiros ficam longe de seleção na Copa de 2010
Estudo da Fifa mostra que Brasil já é sucesso de público no Mundial, mas ingressos estão com torcedores estrangeiros
Além de equipe de Dunga, que jogará em estádios com grande capacidade, apenas Inglaterra teve esgotadas as entradas à venda até agora
PAULO COBOS
RODRIGO BUENO
ENVIADOS ESPECIAIS À CIDADE DO CABO
A seleção brasileira é um dos
raros sucessos de público já garantidos para a Copa de 2010.
Mas não para os brasileiros.
Ao ser indicado para o Grupo
G, um dos preferidos para o
Brasil pelos organizadores, por
concentrar os jogos da equipe
até a final em grandes estádios,
fez a alegria da até agora combalida bilheteria do Mundial.
Nas duas primeiras fases de
venda de ingressos para a Copa
(20% deles encalharam), as
únicas seleções que tiveram as
entradas esgotadas para seus
jogos foram Brasil e Inglaterra.
Mas um segundo relatório da
Fifa mostra que o time de Dunga jogará com uma plateia quase toda de estrangeiros.
Segundo o último relatório
da entidade, os brasileiros, apesar de tempos de real forte e ingressos até que baratos (os
mais em conta para a primeira
fase saem por menos de R$
100), aparecem apenas em um
modesto nono lugar na procura
por entradas para a Copa.
Segundo a Fifa, apenas 8.006
entradas para residentes no
Brasil foram vendidas até o mês
passado. É menos do que 10%
dos ingressos vendidos nos
EUA (84.103). Ou cerca de um
quinto dos bilhetes comercializados no Reino Unido (48.388).
Países de pouca tradição no
futebol e com populações menores do que a brasileira mostraram mais interesse. Australianos compraram 17.876 ingressos, e canadenses, 11.662.
A venda de pacotes pelas
operadoras credenciadas ainda
não engrenou. As agências esperavam a definição das chaves
para o ritmo de venda crescer.
Ao ser indicado para o Grupo
G, o Brasil, caso chegue à final
como primeiro da sua chave, fará seis de suas sete partidas em
estádios com capacidade superior a 60 mil pessoas -somente
quatro das dez arenas da Copa
de 2010 têm esse tamanho.
Com exceção das quartas de
final, quando jogaria em Port
Elizabeth, o time nacional também só se apresentaria em cidades com boa infraestrutura
hoteleira -os sul-africanos temem que os municípios menores não comportem os interessados em assistir aos jogos de
brasileiros e ingleses.
Na primeira fase, o Brasil pega a Coreia do Norte no Ellis
Park, com capacidade para 62
mil pessoas. Depois, desafia a
Costa do Marfim no Soccer
City, onde cabem 94,7 mil pessoas. Fecha sua participação na
chave contra Portugal, no moderno estádio de Durban, que
comporta 70 mil torcedores.
Ontem, a Fifa voltou a pedir
ajuda para vender os ingressos
-o terceiro lote, com 1 milhão
de entradas, começou a ser comercializado ontem. Dessa vez,
o pedido, feito por Horst R.
Schmidt, o cartola responsável
pelas entradas, visou o "apoio
da mídia". A entidade oferece
entrada até para países que não
se classificaram ao Mundial.
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