São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004 |
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BASQUETE Na mesma noite em que Nenê duelou com Alex, Leandrinho foi cestinha Brasil tem marca histórica e primeiro duelo na NBA
ADALBERTO LEISTER FILHO DA REPORTAGEM LOCAL O foco da atenção estava voltado para Denver, local do primeiro duelo entre brasileiros na NBA. Mas, na mesma noite em que o Denver de Nenê, 21, enfrentou o San Antonio de Alex, 23, quem mais brilhou foi Leandrinho, 21, do Phoenix, que marcou 27 pontos na derrota para o Chicago (87 a 82), a maior pontuação de um brasileiro na história da liga. Reserva em todos os jogos do Phoenix nesta temporada, Leandrinho foi beneficiado pela saída de Stephon Marbury, o titular, negociado com o New York Knicks. No Colorado, Nenê e Alex não tiveram atuações destacadas. O ala-pivô do Denver fez só quatro pontos nos 20 minutos em que atuou. Já o ala-armador do San Antonio, em sua estréia na NBA, jogou sete minutos e não pontuou. Contudo ele voltou a atuar após mais de três meses parado por causa de uma fratura no pé esquerdo -Alex tem só esta semana para convencer o time a chancelar até junho seu contrato. "O Alex é muito elogiado por seu técnico [Greg Poppovich] pela sua força física. Ele ainda pode aprimorar mais a sua habilidade e ser bem aproveitado. O Alex tem muita raça", disse à Folha Nenê. Longe dali, em Chicago, no que seria uma noite triste para o Phoenix, Leandrinho foi o grande destaque. Com mais oportunidade na quadra, o atleta atingiu suas melhores marcas na NBA: atuou 39 minutos e acertou 11 dos 18 tiros de quadra e dois de seis arremessos de três pontos que tentou. Também conseguiu seus índices mais altos em assistências (quatro) e roubadas de bola (duas). Apesar da boa atuação do brasileiro, o Phoenix cumpre a pior campanha da Conferência Oeste, com 12 vitórias e 23 derrotas. "Nossa situação é difícil, mas temos que seguir adiante e lutar", disse Leandrinho, que disputa sua primeira temporada na liga. A transferência de Marbury para os Knicks envolveu mais seis atletas. Também foram para Nova York o armador Penny Hardaway e o pivô Cezary Trybanski. Em troca, jogarão no Phoenix os armadores Howard Eisley e Charlie Ward, o ala-pivô Maciej Lampe, além de o clube ter os direitos sobre o sérvio Milos Vujanic e receber uma quantia em dinheiro. "Stephon e eu somos muito amigos. Eu chorei quando soube que ele havia sido negociado. Foi um dia triste para mim", contou Leandrinho. "Minha situação pode ter melhorado, mas isso foi ruim para a equipe", completou. Antes da partida de ontem, as médias do brasileiro eram bem modestas: 3,3 pontos e 7,6 minutos em quadra por partida. A boa atuação rendeu elogios até do técnico Mike D'Antoni. O treinador havia dito, antes do confronto com os Bulls, que seu novo titular seria Eisley. Admitiu que repensaria a decisão após a boa performance de Leandrinho. Para o treinador, qualquer que seja o futuro do Phoenix, ele passará pelo brasileiro. "Agora sabemos do que ele é capaz." D'Antoni teme que o novato receba pressão por causa da campanha do time. "Vimos que esse garoto pode jogar. Mas será que ele vai ter altos e baixos? Veremos isso contra o Milwaukee [hoje]." O próximo duelo de brasileiros será no dia 13, entre o Denver de Nenê e o Phoenix de Leandrinho. Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Frase Índice |
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