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Com Adriano, São Paulo testa fama de recuperador
Clube que já reabilitou jogadores como Luizão e Ricardo
Oliveira e teve bom ano espera repetir feito com atacante
Time se reapresenta hoje, e
expectativa de dirigentes é
que atleta da Inter de Milão
encontre "calibragem" para
voltar a brilhar em campo
DA REPORTAGEM LOCAL
A "tradição" de reabilitar jogadores e conquistar títulos
importantes na temporada pode começar a ser reescrita a
partir de hoje no São Paulo.
Nesta manhã, no CT da Barra
Funda, o atacante Adriano, emprestado pela Inter de Milão ao
time paulista por apenas seis
meses, reapresenta-se ao clube
com o restante do elenco ao
técnico Muricy Ramalho e começa os trabalhos para as competições deste ano.
No período em que for o camisa 10 são-paulino, Adriano
terá duas competições pela
frente: o Campeonato Paulista
e a Taça Libertadores.
E a expectativa da diretoria
são-paulina é de que o atacante
siga os exemplos de jogadores
como Luizão, Amoroso e Ricardo Oliveira, que chegaram ao
clube com problemas físicos e
desacreditados e recuperaram
o prestígio e o futebol.
"É o que queremos, nomes
cada vez maiores. Agora é a vez
do Adriano", afirmou entusiasmado Carlos Augusto de Barros
e Silva, vice-presidente de futebol do São Paulo.
"A Libertadores é o grande
projeto do ano, e ele tem tudo
para nos ajudar", acrescentou o
dirigente são-paulino.
Parte do sucesso desses atletas se deve ao trabalho desenvolvido no Reffis, renomado
centro de reabilitação de jogadores do clube.
Foi assim com Luizão em
2005 e com Ricardo Oliveira no
ano seguinte. Ambos haviam sido submetidos a cirurgias nos
joelhos e se trataram no São
Paulo. Após negociações, tornaram-se atletas do time.
Com Luizão, o São Paulo levou o Campeonato Paulista e a
Libertadores daquele ano.
Já Ricardo Oliveira teve também uma boa passagem, mas
acabou sendo vice-campeão
com a equipe no torneio continental e não ficou o restante da
temporada, quando o clube levou o título nacional.
O caso de Amoroso foi diferente dos anteriores. O atleta
chegou para as semifinais da
Libertadores de 2005, suprindo a ausência de Grafite, e ficou
no clube até o fim do ano, após
ter rescindido seu contrato
com os espanhóis do Málaga.
Em sua passagem, o atleta arrebatou os dois principais títulos da temporada: a Libertadores e o Mundial de clubes.
"Acompanhei os três casos e,
tirando o Amoroso, que não estava lesionado, posso dizer que
o mérito não foi só do Reffis.
Ele ajuda, mas também tem os
profissionais que fazem os atletas ressurgirem em campo e reconquistarem a confiança", explicou Marco Aurélio Cunha,
superintendente de futebol.
E assim como os exemplos de
anos anteriores, o dirigente crê
que Adriano também terá sucesso. "Aqui terá a calibragem
para voltar bem", completou
Cunha, lembrando que o atacante chegou para o clube para
recuperar a parte física e se livrar de problemas psicológicos.
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