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Carência de patrocinador magoa atleta
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo depois de substituir Daiane dos Santos e Daniele Hypólito na condição
de estrela da ginástica artística nacional em 2007 e se
tornar tão popular a ponto
de ser convidada à "Ilha de
Caras", Jade Barbosa, 16, não
ostenta hoje patrocínio pessoal. E isso a faz sofrer.
Principal nome da seleção
feminina no Pan do Rio (1
ouro, 1 prata e 1 bronze), em
julho, e no Mundial de Stuttgart (1 bronze), em setembro, Jade admite que não tinha em mente iniciar esta
temporada sem patrocínio.
"Isso me deixa um pouco
triste. Não pensava que seria
tão difícil, depois de tudo o
que foi feito, especialmente
após o Mundial. Mas tenho
que ter paciência", diz Jade.
A desilusão da atleta, que
hoje recebe salário na CBG
-a Caixa Econômica Federal patrocina a seleção-, deve-se ao fato de hoje mal conseguir custear as ligações telefônicas que realiza para os
familiares no Rio.
"Somente de conta de telefones e celulares, vai o salário. De vez em quando, chega
uma ou outra proposta de
empresas, mas sempre exigindo mais da Jade do que
querendo realmente ajudá-la", afirma o arquiteto César
Barbosa, pai da ginasta.
A empresária e madrasta
da ginasta concorda. "Estamos buscando, mas todos
acham que ela é nova na ginasta. Mas já tem história no
esporte, está na ginástica há
quase dez anos", afirma Elisete Lopes Chagas.
Segundo a família, alguns
projetos, como o de transformar a ginasta em personagem de quadrinhos e o de
lançar um site oficial da atleta, encontram-se parados
por falta de investidores.
O drama de patrocínio na
vida de Jade não é novidade.
Em 2004, quando já despontava e não tinha salário nem
patrocínio, a ginasta do Flamengo teve a ajuda do ex-pivô de basquete Amaury Passos, bicampeão mundial
(1959 e 1963), para poder disputar o Pan de ginástica em
El Salvador, de onde voltou
com três medalhas.0
(CCP)
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